Plano Safra prevê investimentos em Santos

Governo promete manter profundidade do canal e o serviço de agendamento de caminhões

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  31/01/19  -  18:27
Freitas e outros ministros apresentaram plano de ação na quarta-feira
Freitas e outros ministros apresentaram plano de ação na quarta-feira   Foto: Ministério da Infraestrutura/Divulgação

O Governo Federal divulgou, na quarta-feira (30), sua estratégia para garantir o escoamento da safra 2018/2019. Denominado Operação Radar, o plano consiste principalmente em garantir o acesso de cargas a portos do Arco Norte. Em relação ao Porto de Santos, o Ministério da Infraestrutura destacou a manutenção das profundidades do canal de navegação e o agendamento de caminhões.


A estratégia foi apresentada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao lado dos ministros Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Thereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mapa) e general Fernando Azevedo (Defesa). O foco da ação está na BR-163, principal rota de escoamento da safra de grãos para os portos paraenses.


Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada para a safra 2018/2019 é de 237,3 milhões de toneladas, com crescimento de 4,2% em relação à safra passada. Esse resultado representa, até o momento atual, a possibilidade de aumento na produção brasileira de 9,54 milhões de toneladas.


Entre os destaques do estudo da Conab, estão a soja, que deve atingir 118,8 milhões de toneladas, e o milho primeira safra, que deve resultar em uma produção de 27,5 milhões de toneladas.


No ano passado, só o Porto de Santos escoou 26,6 milhões de toneladas de soja. Já os embarques de milho somaram 12,6 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista.


Há dois anos, a Codesp implantou o projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog). Com ele, o agendamento de caminhões carregados com granéis sólidos de origem vegetal e com destino ao cais santista deve ser feito pelos próprios terminais do Porto, em um sistema desenvolvido pela União.


De hora em hora, a situação dos pátios reguladores é avaliada, assim como a quantidade de caminhões que deixam essas instalações e seguem em direção aos terminais portuários. Em caso de descumprimento do agendamento, a informação é repassada para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que pode autuar a empresa infratora.


O ministro da Infraestrutura também destacou os esforços com a dragagem no cais santista. Com estes trabalhos, que foram prorrogados até 7 de agosto, a profundidade do canal do Porto vai de 15 metros, em média, para 15,4 e 15,7 metros nos próximos três anos. Alguns trechos da via marítima também serão alargados, e os locais de atracação (berços) terão uma nova fundura, variando de 7,6 a 15,7 metros.


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