Órgão internacional é contratado para avaliar concorrência no setor portuário brasileiro

Segundo organização, infraestrutura é diferencial de competitividade determinante para o valor de preços e serviços

Por: Redação  -  22/10/21  -  16:04
 Summit Portos 5.0, evento do Grupo Tribuna, foi realizado nesta quinta-feira (21), em Brasília
Summit Portos 5.0, evento do Grupo Tribuna, foi realizado nesta quinta-feira (21), em Brasília   Foto: Divulgação

Durante o painel sobre arranjos produtivos e sincromodalismo no Summit Portos 5.0, evento do Grupo Tribuna realizado nesta quinta-feira (21), em Brasília, o consultor da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) Marcelo Cesar Guimarães afirmou que o órgão internacional foi contratado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fazer a avaliação concorrencial nas áreas de portos e da aviação civil.


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"É importante verificar como esses dois setores se conversam. A OCDE deixa muito clara a necessidade de constante revisão e reavaliação das normas e procedimentos. Eventualmente, algo que foi adotado há dez anos pode não fazer mais sentido hoje", justificou.


Para o CEO da ASV Infra Partners - Consultoria em Infraestrutura, Adalberto Vasconcelos, um dos desafios é o aprimoramento legal concorrencial e regulatório, que precisa ser dinâmico, reiterando a fala do representante da OCDE.


Na avaliação dele, a infraestrutura logística representa um diferencial de competitividade, porque ela é determinante para o valor dos preços e dos serviços. "Ainda restam muitos desafios para serem vencidos no Brasil para garantirmos um crescimento competitivo e sustentável do País, como ter uma visão mais holística desse setor", disse.


Segundo o engenheiro e consultor Luis Claudio Montenegro, falar de sincromodalismo é uma evolução do conceito do transporte multimodal, pois representa um olhar para três fatores que precisam ter uma sintonia fina: infraestrutura, serviços prestados e a operação.


"Estamos vivendo no mundo hoje um problema de logística muito sério, que parte da falta de planejamento sistêmico. Podemos fazer o melhor e ter o melhor navio, mas está faltando motorista de caminhão na Inglaterra. Por causa dessa peça da engrenagem, nada funciona", explicou.


O também consultor Cesar Mattos entende que a verticalização é positiva, no geral, para melhorar os elos da cadeia produtiva, porque isso gera custos menores, mais agilidade e maior eficiência.


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