O Porto de Santos recebe neste sábado, pela primeira vez, o porta-helicópteros multipropósito Atlântico, o mais novo navio da Marinha do Brasil. A embarcação fará exercícios militares na região e será aberta à visitação pública neste domingo (25), na sede da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), no Cais da Marinha.
A população poderá visitar o porta-helicópteros das 14 às 18 horas desse domingo. O horário limite de acesso dos visitantes será as 17h45. A entrada é franca. A sede da CPSP fica entre os armazéns 27 e 29 do complexo marítimo.
O porta-helicópteros Atlântico é a mais nova embarcação da Marinha do Brasil e se tornou o principal da esquadra (recebendo o título de nau-capitânia), posto que era ocupado pelo porta-aviões São Paulo. Ele é comandado pelo capitão de mar e guerra Giovani Corrêa.
A embarcação tem 203,4 metros de comprimento e 35 metros de largura. Quando totalmente carregada, pode pesar até 21,5 mil toneladas. Para o seu deslocamento, são utilizados dois motores de propulsão.
Além da tripulação de até 800 militares, o navio tem capacidade para transportar 40 veículos e 18 helicópteros. Também fazem parte de sua estrutura quatro canhões e diversos radares, entre eles, de controle aéreo.
Nesta visita ao cais santista, o Atlântico, que é subordinado ao Comando da Força de Superfície, realizará exercícios operacionais e de adestramentos da tripulação. Segundo a Marinha do Brasil, 650 tripulantes estão a bordo da embarcação.
A viagem começou na sexta-feira (23), com a saída do Porto do Rio de Janeiro (RJ). São necessárias 24 horas de trajeto para a chegada a Santos. O tempo é necessário porque, durante o caminho, serão realizados treinamentos da tripulação. Todo o processo será conduzido por oficiais e praças do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, da Marinha do Brasil.
O navio é projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar. Por sua capacidade de suporte hospitalar, pode atuar no apoio de operações de guerra naval e missões de caráter humanitário, como auxílio a vítimas de desastres naturais, evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz, além de participar de missões estratégicas logísticas, transportando militares, munições e equipamentos.
Transferência
O processo de transferência do Atlântico da Inglaterra para a tripulação brasileira envolveu a troca de experiências e informações técnicas sobre o navio. Também incluiu cursos ministrados pela Marinha Real Britânica e pelos fabricantes dos equipamentos de bordo, além de exercícios operacionais no Centro de Treinamento da Marinha do Reino Unido.
Construído pelas empresas Kvaerner Govan e Vickers Shipbuilding Enginnering Limited, em Barrow-in-Furness, na Inglaterra, nos anos 90, foi lançado ao mar em 1995.