'Não é hora de brincar com o povo e com o país', diz presidente da Fetrabens

Segundo sindicalista, entidade não participa de protestos, mas acompanha a mobilização

Por: Do Estadão Conteúdo  -  10/12/18  -  17:13
Suspensão de multas por descumprimento da tabela de fretes causa protestos  (Foto: Agência Brasil)
Suspensão de multas por descumprimento da tabela de fretes causa protestos (Foto: Agência Brasil)   Foto: Agência Brasil

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) não está participando dos protestos dos caminhoneiros, apesar de acompanhar a mobilização, disse ao Broadcast Agro o presidente da entidade, Norival de Almeida Silva Preto. "Estamos no fim de ano, em que as famílias saem de férias e viajam para descansar. Não podemos atrapalhar a sociedade, e até mesmo a transição de um governo que está começando. Não é hora de brincar com o nosso povo e com o país", defendeu Silva Preto, que também é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).


"Para e por que esse movimento? Qual será o resultado para o Brasil? Respeito, mas considero que é prejudicial ao nosso país", argumentou Silva Preto. Na avaliação da entidade, o momento é de aguardar o posicionamento do novo governo, com a "credibilidade que foi concedida pela sociedade brasileira para a mudança".


Na opinião do presidente da Fetrabens, os caminhoneiros são os responsáveis pela aplicabilidade e funcionamento da tabela no momento do acordo do frete. "Nós temos de ser fiscais de nós mesmos e não carregar cargas abaixo do piso mínimo. É só exigir que a tabela seja cumprida, porque o peso e o cumprimento da lei ninguém tirou", acrescentou.


No início da manhã desta segunda-feira (10), ocorreram manifestações na região de Barra Mansa (RJ) e no Porto de Santos.


O ato é um protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela dos preços mínimos de frete, até que a Corte decida pela constitucionalidade da fixação de pisos de preço para os serviços de transporte rodoviário. O movimento é, até o momento, pontual.


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