Movimentação no Tiplam, no Porto de Santos, cresce 30%

Localizado às margens do Canal de Piaçaguera, terminal marítimo opera grãos, açúcar e fertilizantes

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  20/02/19  -  00:09
Porto de Santos oferece mais de 20 vagas de emprego
Porto de Santos oferece mais de 20 vagas de emprego   Foto: Divulgação

A movimentação de grãos, açúcar e fertilizantes no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), no Porto de Santos, em 2018, ultrapassou em 30% o movimento de 2017. Foram mais de 9,6 milhões de toneladas ano passado, ante 7,3 no exercício anterior. A expectativa para prosseguir o crescimento é a instalação de um quinto armazém na unidade. As obras iniciam neste semestre.


A alta na movimentação tem duas explicações, segundo Alessandro Gama, gerente da VLI, empresa que administra o terminal. Uma é a liberação da instalação para o carregamento completo de navios Panamax, que podem transportar de 60 mil a 70 mil toneladas – o que foi possível com a dragagem do Canal de Piaçaguera, o acesso aquaviário ao Tiplam. Outra é a finalização de seu berço quatro, responsável pela alta em fertilizantes e o fechamento de mais contratos.


“O Tiplam passou por um processo de expansão em que a gente veio entregando as etapas ano a ano. Não chegamos ainda no nosso limite. A gente atingiu 9,6 milhões de toneladas, mas temos capacidade para 14,5”, contou Gama, lembrando que a safra 2019 já começou.


“A gente recebeu o primeiro navio duas semanas atrás. A safra pelo Porto de Santos começa a ser exportada mais cedo. A Tiplam está acompanhando isso. Hoje conseguimos descarregar um trem de grãos em aproximadamente três horas”, aponta.


Expectativas


A empresa destaca que sua integração com o modal ferroviário faz com que 100% da carga exportada seja transportada por trilhos. Por dia, o recebimento médio é de três composições – cada uma com 80 vagões.


“Se não fossem transportados por vagões, no pico da safra seriam cerca de 1.200 caminhões por dia indo para a Baixada Santista”, diz o gerente da VLI.


Para ampliar a capacidade e aproveitar a alta, a empresa quer, neste semestre, iniciar a obra de um novo armazém, o quinto, com capacidade para armazenar 114 mil toneladas, e de outro no terminal da companhia em Guará, interior de São Paulo, para 80 mil toneladas.


“Isso significa que a gente ampliou, entregou o que estava previsto no projeto e, se surgirem outras oportunidades, estamos preparados”, explicou Gama. “Essa logística integrada chamou a atenção da segunda maior produtora de açúcar do mundo, a multinacional francesa Tereos, que assinou com a VLI acordo de 30 anos”, contou, sobre o investimento de R$ 205 milhões revertidos ao novo projeto do armazém.


Questionada se há necessidade de mudanças em regras do setor e obras de acesso ao Porto, como o Ferroanel ou uma nova dragagem de aprofundamento, para ampliar novamente as operações do Tiplam, Gama explica que não. “As obras que beneficiam o Tiplam já ocorreram ao longo do projeto. Houve compra de vagões, locomotivas, investimentos nas rodovias, ampliação de alguns pátios na Baixada e agora, o próximo investimento é exatamente esse quinto armazém”.


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