Mau tempo interrompe navegação por 20 horas no Porto de Santos e afeta 23 navios

Santos Port Authority afirma que as operações em terra não sofreram impactos

Por: Ágata Luz  -  19/05/22  -  18:33
Atualizado em 19/05/22 - 19:06
Volta das atividades aconteceu devido à melhora das condições climáticas nesta quinta-feira (19)
Volta das atividades aconteceu devido à melhora das condições climáticas nesta quinta-feira (19)   Foto: Rodrigo Nardelli/TV Tribuna

O Porto de Santos, maior complexo portuário do País, ficou com sua navegação paralisada por aproximadamente 20 horas, entre quarta (18) e quinta-feira (19), devido às condições climáticas que colocavam em risco a navegação. A interrupção refletiu em 23 reagendamentos de programações de navios - 13 saídas e 10 entradas.


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De acordo com a Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o complexo portuário santista, as operações em terra não sofreram impactos por conta da suspensão da navegação no Canal do Estuário, que aconteceu entre 13h55 de quarta-feira e 9h50 desta quinta.


A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que a volta das atividades aconteceu devido à melhora das condições climáticas no fim desta manhã, com redução da intensidade do vento para 5,5 km/h, das rajadas para 33 km/h e das ondas para 2,6m.


No entanto, a CPSP reforça a necessidade de que a comunidade náutica siga alerta quanto às condições meteorológicas adversas previstas em decorrência da tempestade subtropical Yakecan. A recomendação é que a ida ao mar seja evitada. Se ela for inevitável, que as medidas de segurança reforçadas. A Marinha ainda ressalta que atende emergências pelo telefone 185.


O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima de São Paulo (Sindamar), José Roque, explica que a paralisação na entrada e saída de navios é essencial em certas condições climáticas. “Além de resguardar a segurança da navegação e tripulação, esse procedimento visa evitar algum acidente que poderá até impedir a movimentação dos navios no canal de entrada”.


Ele também detalha que a interrupção causa reflexos importantes no setor portuário, pois atinge a programação de escalas das embarcações em outros portos, atrasando as operações de navios. Dessa forma, Roque ressalta que os fenômenos da natureza acabam se tornando mais uma preocupação na logística global de transportes marítimos.


“Os navios já estão sendo atingidos em suas programações desde o surgimento do coronavírus e, atualmente, com o fechamento do Porto de Xangai, na China, além da guerra entre a Rússia e Ucrânia”.


De acordo com ele, esses fatores contribuem para que novas programações sejam feitas na tentativa de minimizar impactos operacionais e manter o compromisso dos clientes no transporte de mercadorias. Diante desse cenário, aponta Roque, alguns armadores já estão reduzindo o número de escalas em Santos.


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