Guarujá pretende ampliar área portuária

Plano envolve remoção de famílias

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  25/01/21  -  18:49
Margem Esquerda do Porto, em Guarujá
Margem Esquerda do Porto, em Guarujá   Foto: Carlos Nogueira

Destravar projetos importantes como a remoção de famílias da Prainha, resolver o problema da falta de um estacionamento de caminhões e ainda acabar com os impactos viários causados pelos veículos de carga na Cidade. Estas são as prioridades do diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico, da Prefeitura de Guarujá, Jairo de Almeida Lima Neto.


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O executivo ainda espera superar a marca dos R$ 95 milhões arrecadados com serviços portuários no município neste ano.


Lima Neto atua no departamento que tem o olhar mais atento às atividades do complexo marítimo na Cidade. A diretoria faz parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, que está sob o comando de Rogério Rudge.


“Em 2021, a expectativa é de, pelo menos, manter a arrecadação. Sabemos que não haverá um aumento significativo na atividade portuária, mas esse recurso é importante, principalmente em um momento em que interrupções no comércio geram queda de arrecadação”, destacou Lima Neto.


Segundo o executivo, os nove terminais do Município respondem por cerca de 35% da movimentação do Porto, que somou 146,5 milhões de toneladas no ano passado. “Isto significa que entre 51 milhões e 55 milhões de toneladas foram movimentadas em Guarujá e ainda contamos com diversos investimentos privados, que garantem aumento de produtividade nos terminais”, afirmou.


Sobre os investimentos públicos, Guarujá aposta na assinatura de um convênio para que a Autoridade Portuária de Santos (APS), viabilize a remoção de cerca de 1.600 famílias que vivem na área de Prainha, em Vicente de Carvalho, na Margem Esquerda do complexo.


Segundo o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos, aquela região será destinada à expansão portuária. A ideia é impulsionar a movimentação de carga geral no local.


Segundo Lima Neto, o acordo está 70% “costurado”. No entanto, ele não revelou o valor do repasse da estatal que administra o complexo marítimo. Até agora, apenas 500 famílias deixaram o local e foram para o conjunto habitacional Parque da Montanha.


A Prefeitura de Guarujá também pretende incentivar a operação de terminais retroportuários no município. Para isso, mapeou 4,5 milhões de metros quadrados de propriedade privada que podem ser utilizados com esse foco.


“Vamos tentar buscar investidores para conversar com os proprietários”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico de Guarujá.


Sistema Viário


Neste ano, as atenções também estão voltadas para a possibilidade da retomada das obras da Avenida Perimetral da Margem Esquerda. O empreendimento, financiado pela Autoridade Portuária de Santos, ligará a Rodovia Cônego Domênico Rangoni ao Porto. E tem como objetivo melhorar tanto o tráfego portuário quanto o urbano.


Serão cerca de 30 mil metros quadrados de construção, englobando a própria avenida, viadutos sobre a rodovia e a Avenida Santos Dumont e acessibilidades, como calçadas e passarela para pedestres e ciclovia. “Com a Perimetral, vamos conseguir segregar definitivamente o fluxo da cidade e o portuário”, afirmou o diretor.


Estacionamento
Outra demanda antiga de moradores de Guarujá é a oferta de locais para estacionamento de caminhões. Neste caso, a administração municipal espera a indicação de um local que a Autoridade Portuária de Santos deve disponibilizar.


“É possível que seja uma área da União na região de Conceiçãozinha. Esta pode ser a primeira área de Guarujá para estacionamento, principalmente, dos moradores do município”, afirmou Lima Neto.


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