Frete marítimo entre os portos de Santos e Xangai sobe 400% em dois anos

A alta foi uma das principais consequências da pandemia na logística brasileira, aponta estudo

Por: Ágata Luz  -  29/07/22  -  15:42
Atualizado em 29/07/22 - 16:00
Alta no preço do frete foi uma das consequências da pandemia de covid-19
Alta no preço do frete foi uma das consequências da pandemia de covid-19   Foto: Carlos Nogueira/AT

O valor do frete marítimo entre os portos de Santos e Xangai, na China, subiu 400% em dois anos. A alta foi uma das principais consequências da pandemia de covid-19 na logística brasileira, segundo estudo do Grupo de Trabalho (GT) da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgado nesta quinta-feira (28).


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Conforme a diretora da agência e coordenadora do GT, Flávia Takafashi, o salto foi verificado entre dezembro de 2019 e dezembro do ano passado, de US$ 2 mil (R$ 10.326,00, pela cotação do dólar comercial de ontem) para US$ 10 mil (R$ 51.630,00). Isso se deu por gargalos logísticos, principalmente a falta de contêineres no mundo.


“Buscamos entender quais eram os reflexos no mundo como um todo, pois estamos tratando de uma questão internacional, não só pela pandemia, mas pela atividade estar inserida em uma cadeia logística completamente integrada”, explica Flávia. Ela cita que o trabalho se baseou em dados, relatórios, fontes de pesquisas internacionais e conversas com agentes de logística marítima.


O GT constatou que estes fatores elevaram o frete: o encarecimento do bunker (combustível marítimo), a escassez de contêineres e o aumento da demanda de recipientes de carga devido à alta do e-commerce.


Porém, no caso dos portos de Santos e Xangai, o frete chegou a cair para US$ 7 mil (R$ 36,1 mil) em abril deste ano. O cenário é diferente, por exemplo, do de falta de contêineres, que vai perdurar em médio prazo, segundo Flávia. A Antaq pede a usuários que denunciem à ouvidoria da agência eventuais irregularidades em escalas de navios.


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