A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil) estendeu a suspensão das operações dos navios de passageiros nos portos brasileiros até 4 de fevereiro. A decisão voluntária busca dar continuidade às discussões com as autoridades para alinhar as medidas necessárias visando a retomada dos cruzeiros no País, interrompidos desde 3 de janeiro.
A extensão do prazo, que vencia no próximo dia 21, foi anunciada por meio de nota à imprensa nesta quinta-feira (13), um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar o cancelamento da temporada brasileira de cruzeiros 2021/2022.
No documento, a Clia Brasil enfatiza que a prorrogação da suspensão de operações no Brasil contrasta com os Estados Unidos, onde autoridades de saúde reconheceram a eficácia dos protocolos da indústria de cruzeiros. Por isso, entende que o retorno das atividades do setor deva acontecer neste momento.
Ainda segundo a associação, o segmento dos cruzeiros é o único que exige níveis altos de vacinação e 100% de testes aos passageiros antes do embarque. As empresas que fazem parte da Clia ressaltam, ainda, que os protocolos seguidos nas operações no Brasil permitem que a incidência de doenças graves seja "dramaticamente menor do que em terra".
Por fim, a entidade garante que agirá em conjunto com autoridades, sempre guiada pela ciência, com objetivo de garantir a proteção da saúde dos hóspedes, tripulantes e comunidades que recebem os cruzeiros.
Impacto econômico
O documento da associação enfatiza que a temporada atual de cruzeiros tinha previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão e geração de 24 mil empregos.
Um estudo da Clia Brasil em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado em nota, afirmou que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto positivo para a economia brasileira. Além disso, a cada 13 cruzeiristas, um emprego é gerado.