DP World planeja operar grãos e fertilizantes

Empresa aguarda aprovação de novo terminal

Por: Da Redação  -  02/02/21  -  18:30
Porto tem vagas em diversos níveis de escolaridade
Porto tem vagas em diversos níveis de escolaridade   Foto: Carlos Nogueira/AT

Após uma aposta certeira na diversificação de cargas, partindo do contêiner para a celulose, a DP World está avaliando a possibilidade de investir em um projeto bilionário para a movimentação de grãos e fertilizantes no Porto de Santos. A expectativa é de que a tomada de decisão ocorra ainda este ano.


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O primeiro passo foi dado no final de 2020, quando a DP World Brasil BV, empresa do Grupo DP World, assinou um memorando de entendimento com a Rumo Logística. Caso seja aprovado, o novo terminal, instalado nas dependência da DP World Santos, promete gerar centenas de empregos e movimentar 11 milhões de toneladas por ano.


O projeto foi destacado pelo Diretor Comercial e de Relações Institucionais da DP World, Fábio Siccherino, que espera para o segundo semestre uma resposta sobre a parceria.


“Alguns anos atrás iniciamos uma estratégia de diversificação de cargas. A primeira foi a celulose, quando firmamos um contrato de 25 anos com a Suzano e fizemos investimentos em torno de R$ 700 milhões. Durante a pandemia sentimos efetivamente a importância dessa mudança, pois ter ampliado o serviço garantiu a nossa sobrevivência nesse período”, disse.


De acordo com Siccherino, a crise sanitária mundial, aliada a desvalorização do real em relação ao dólar, fez com que a importação caísse consideravelmente, uma vez que as indústrias também paralisaram a produção.


“O mercado de contêiner caiu bastante. Em compensação, tínhamos a celulose, que acabou exportando bastante e gerando um resultado positivo para a empresa. Queremos dar continuidade a esse processo”, explicou o diretor.


E a diversificação não fica limitada apenas às cargas. Este ano, a empresa começa, também, a atuar como transportadora multimodal, tornando-se responsável pelo ciclo completo dos produtos nas operações de importação e exportação.


“É uma estratégia global da companhia. Constituímos a empresa em dezembro e agora estamos em fase de operacionalização. Até o final do primeiro semestre teremos iniciado as operações, que começarão terceirizadas, sem ativos próprios e com o menor custo possível”, ressaltou Siccherino.
O executivo lembrou, ainda, da cabotagem como uma das prioridades dentro dos planos da DP World para 2021. Atualmente, a empresa opera com a Mercosul Line e a Log in.


“Há um potencial imenso de crescimento desse modal. Para cada contêiner, há outros quatro ou seis aptos a estarem também na cabotagem. Nós como operadores logísticos estamos gratos por participar desse desenvolvimento”.


Além dos investimentos em infraestrutura e diferentes nichos de mercado, a DP World aposta em tecnologia para modernizar e garantir mais eficiência e produtividade. As pontes rolantes, responsáveis pela movimentação de cargas à distância, são um exemplo da preocupação da companhia com a automatização.


Nesse caso, os operadores fazem o manuseio das máquinas por um joystick instalado dentro de cabines climatizadas a metros de distância do equipamento. “Como resultado temos segurança e muitos benefícios para o funcionário e para a operação”.


Em relação às obras de ampliação, Siccherino chama a atenção para o novo viaduto destinado à interligação rodoviária entre as áreas do armazém e a área de cais do terminal.


O empreendimento, assim como a expansão do trecho de cais, de 653 metros para 1.100 metros, é considerado essencial para o incremento na movimentação. A ampliação possibilita que a instalação receba até quatro navios simultaneamente.


“Terminamos 2020 com 900 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Para este ano esperamos crescer em torno de 3%. Já na celulose alcançamos 1,8 milhão de toneladas, porque o contrato começou em abril. A previsão é atingir 3,6 milhões, capacidade total do sistema”.


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