Cresce a movimentação de veículos rumo a terminais de contêineres do Porto de Santos
Uma semana após o início da greve dos caminhoneiros, acesso de veículos se intensificou nesta segunda-feira
A movimentação de veículos em direção aos terminais de contêineres do Porto de Santos começou a se intensificar nesta segunda-feira (8). A diferença foi notada antes mesmo da categoria decidir encerrar a paralisação, no início da noite. Ao longo do dia, apenas os profissionais que fazem o transporte de caixas metálicas vazias mantiveram o movimento. Os demais retornaram gradativamente ao trabalho.
De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, na última sexta-feira (5) começaram a circular os primeiros veículos. Nesta segunda, na Avenida Xavier da Silveira, vários caminhões já trafegavam mesmo sem escolta.
“Estamos incentivando conversas com clientes, importadores e exportadores, para que desde que tenha condições, eles requerem transporte com escolta para evitar do pessoal ser agredido ou atingir o patrimônio. Mas até agora, ninguém se atreveu a isso”, explicou o executivo.
Um dos principais terminais de contêineres do Porto de Santos, a DP World Santos, na Área Continental de Santos, já percebe uma retomada gradual na movimentação de veículos. No entanto, ainda não consegue avaliar em quanto tempo ocorrerá a liberação de todo o volume parado por quase uma semana.
A Santos Brasil, responsável pelas operações do Tecon Santos, na Margem Esquerda (Guarujá) informou que operou normalmente durante toda a semana passada, mas que o fluxo de entrada e saída de caminhões foi abaixo do normal na instalação. “Desde sábado (6), se percebe uma retomada gradual do movimento de caminhões no terminal, com intensificação do fluxo nesta segunda-feira”.
Já a Brasil Terminal Portuário (BTP) informou, em nota, que suas operações estão ocorrendo dentro da normalidade.
De acordo com a Autoridade Portuária de Santos, os navios que aguardavam os caminhões para realizar a descarga direta de cargas como sal e fertilizantes já normalizaram suas operações. Na semana passada, dez embarcações chegaram a ficar paradas.
“Ainda há uma temeridade em relação a essas operações”, afirmou Roque. Segundo o executivo, ainda há receio, por parte de importadores e exportadores, de agressões a motoristas ou danos ao patrimônio.
