Conselho da Codesp aprova novo plano de desligamento

Programa, agora, segue para análise de técnicos do Governo Federal. Somente após aval de Brasília, ele será implantado

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  31/07/19  -  23:03
Diogo Piloni (o 2º da esq. para a dir.) tomou posse da presidência do Consad na reunião do órgão
Diogo Piloni (o 2º da esq. para a dir.) tomou posse da presidência do Consad na reunião do órgão   Foto: Carlos Nogueira/AT

O Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foi aprovado pelo Conselho de Administração (Consad) da estatal, que administra o Porto de Santos. A análise do material aconteceu nesta terça-feira (30), na primeira reunião que teve o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, como presidente do órgão.


Agora, o documento será avaliado por técnicos do Governo Federal para sua futura implantação. Hoje, cerca de 400 trabalhadores da autoridade portuária estão aposentados e aguardam um incentivo para deixar a empresa.


“A proposta foi consolidada pela companhia. Obviamente vai passar pelas análises do Ministério da Economia, principalmente na Secretaria das Estatais, mas é um plano que está em linha com a necessidade de um redimensionamento da companhia, de uma maior sustentabilidade econômico-financeira dela”, destacou o novo presidente do Consad.


Ainda não há expectativa de quando devem ser abertas as inscrições para a adesão ao plano. Mas a implantação do PIDV é visto como uma das prioridades da diretoria-executiva da autoridade portuária.


Usina


Na mesma reunião do Consad, foi aprovada a abertura de uma licitação para a contratação dos serviços de operação, manutenção e conservação dos equipamentos e instalações da Usina Hidrelétrica de Itatinga e da linha de transmissão Itatinga-Santos.


A medida não inviabiliza o plano de privatização da unidade, que é responsável por grande parte do fornecimento da energia elétrica consumida no Porto. 


“Foi recomendado, no âmbito do conselho, que a companhia apresente um plano para uma utilização mais sustentável no que diz respeito à usina, seja pela iniciativa privada ou por qualquer outro meio, para que a gente não tenha que ter contratos de curto prazo e não tenha a instabilidade de eventualmente não conseguir contratar a tempo. A ideia é ter uma solução mais estruturante para a usina. É nisso que a companhia tem atuado e o conselho acompanhará, obviamente, o desenrolar disso”, afirmou Diogo Piloni.


Antes da concessão da Usina de Itatinga, é necessária a construção de uma subestação primária para nivelar a tensão da energia que chega aos terminais. 


Para o futuro, o plano é tornar Itatinga uma área de recuperação ambiental, para compensar a implantação de novos terminais portuários na região. Criar um ponto de visitação de ecoturismo, de aventura e turismo histórico também é um objetivo da Docas.


Consad


Além de Piloni, o Consad conta com mais quatro conselheiros: Helio Marques Azevedo (representante dos trabalhadores); Marcio Calves (da classe empresarial, indicado pelo Conselho de Autoridade Portuária, CAP); Maria da Glória Felgueiras Nicolau (do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão); e Fábio Lavor (do Ministério da Infraestrutura).


Fábio Lavor, diretor do Departamento de Novas e Outorgas de Políticas Regulatórias Portuárias da SNPTA, que já é membro do Consad, foi eleito substituto de Piloni.


Para o secretário nacional de Portos, “é uma honraria assumir a presidência do Conselho, especialmente nesse momento em que tantas mudanças importantes estão sendo conduzidas pela gestão da Codesp. Então, fazer parte disso e apoiar naquilo que cabe ao conselho, é uma honra e eu fico muito feliz”.


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