Congresso Latino-Americano de Portos destaca mudanças climáticas e transição energética em Santos

30ª edição do evento segue nesta quarta-feira (30); confira a programação

Por: Anderson Firmino  -  30/11/22  -  07:19
Congresso reúne palestrantes, convidados e participantes de vários países latino-americanos
Congresso reúne palestrantes, convidados e participantes de vários países latino-americanos   Foto: Matheus Tagé/AT

Seja na Holanda, na Espanha, no México ou no Brasil, a preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de uma transição energética é comum entre atores do ecossistema portuário. O entendimento de que soluções são necessárias e urgentes deu o tom no painel Transição Energética no Transporte Marítimo, realizado na parte da tarde desta terça (29).


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Descarbonização, sustentabilidade e experiências em questões ambientais foram abordadas durante o debate. Para o diretor comercial da Hutchison Ports México, Francisco Javier Orozco Mendoza, as ações sobre mudanças climáticas devem partir de uma consciência coletiva.


“As organizações estão interessadas em cumprir as metas (de redução nas emissões de carbono). Primeiro, precisamos de consciência como pessoas. A pandemia nos ensinou muitas coisas, nos ofereceu facilidades, como as reuniões on-line, mas já voltamos a fazer tudo o que fazíamos antes, com os eventuais exageros. Vamos precisar de quantas pandemias para aprender o que é certo?”, indaga.


Para ele, deve haver medidas amparadas em ações governamentais, especialmente quanto à infraestrutura. “É necessário muito investimento, e isso corresponde muito aos governos. Sem ele, tudo vai sair mais caro. Se agora precisamos de um caminhão elétrico, é necessário importá-lo de algum país. Devem ser criadas condições para fabricá-los no país, por exemplo. Isso ajuda a reduzir custos”.


Custos necessários

O valor investido para a transição energética no setor portuário é alto, mas não deve ser visto como gasto. Para a diretora da Top Sector Water & Maritime, a holandesa Thecla Bodewes, é tempo de ajuste de rota quanto às iniciativas voltadas para a questão climática.


“Eu sei que é caro, mas nós precisamos fazer. Nós rodamos em falso durante muitos anos, com soluções baratas. Mas precisamos entender que a transição energética é possível e necessária. Fazer isso juntos, em soluções de longo prazo”, pondera.


Participando do AAPA Latino, o gerente de Relações Externas do Porto de Barcelona, Manuel Galán, disse que a utilização de gás natural é uma aposta “firme e definitiva” do setor. “O esforço das empresas públicas, como as autoridades portuárias, é muito importante. Além disso, é preciso cuidado para não repassar os custos desse incremento para os clientes. Essa é uma condição para que continuemos competitivos”.


O economista e representante da Caribbean Shipping Association (CSA), Ricardo Sánchez, lembra que boa parte da frota de novos navios, prevista para entrar em operação nos próximos anos, já traz elementos voltados para fontes limpas de energia. “As companhias não têm problemas financeiros. Esse é o momento de investir”, pontua.


Programação


9h: 2030: Contagem Regressiva para Acabar com a Exclusão Digital


10h: Portos em Alerta - temas relacionados a cibersegurança, terrorismo e pirataria


11h: Café e networking na área de exibições


11h30: Conversas de Porto: Debates Estratégicos


12h50: Assinatura de convênio: AAPA Latino e Fundação Valenciaport


13h: Almoço


14h: Uma Nova Era para o Transporte de Cruzeiros


15h: Financiamento Inteligente para o Crescimento Estratégico


16h: Café e networking na área de exibições


16h30: Soluções Inovadoras para a Indústria Portuária


17h30: Entrega do Prêmio à Excelência na Indústria Portuária


18h: Encerramento


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