Com parte da tripulação com covid-19, navio atracado no Porto de Santos é autorizado a operar

Exposição dos trabalhadores preocupa a categoria, segundo Sindicato dos Estivadores

Por: ATribuna.com.br  -  15/06/22  -  16:00
Oito tripulantes do navio Monte Azul, de bandeira de Singapura, tiveram resultado positivo para covid-19
Oito tripulantes do navio Monte Azul, de bandeira de Singapura, tiveram resultado positivo para covid-19   Foto: Reprodução

Um navio porta-contêineres foi liberado a operar no Porto de Santos mesmo com parte de sua tripulação com covid-19. A autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preocupa os funcionários quanto ao futuro, de acordo com o Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva).


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Ao todo, oito tripulantes do navio Monte Azul, de bandeira de Singapura, tiveram resultado positivo. De acordo com a Santos Port Authority (SPA), responsável pelo complexo portuário, a embarcação atracou no Porto de Santos na noite da última segunda-feira (13) e desatracou na tarde desta quarta-feira (15). No entanto, a Autoridade Portuária confirmou que durante o tempo no cais santista, o navio pôde operar.


Em nota, a Anvisa afirmou que um caso foi identificado e notificado quando a embarcação saiu dos Estados Unidos. Por isso, ao chegar ao Brasil, a agência determinou a paralisação das operações do navio até que todos fossem testados e passassem por avaliação médica. “Os resultados dos testes demonstraram oito positivados, que estão isolados a bordo”.


A Anvisa explicou que a autorização da operação no navio segue determinação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 584, de dezembro do ano passado, que está em vigor atualmente.


“As embarcações com 100% da tripulação vacinada estão dispensadas de outras medidas como mudança da tripulação, quarentena em trabalho ou quarentena da embarcação. Dessa forma, a continuidade das atividades para os demais tripulantes é possível mantendo-se as medidas preventivas, como por exemplo, uso constante de equipamento de proteção individual (EPI) para os indivíduos”, diz a nota da agência.


A Tribuna conversou com o presidente do Sindestiva, Bruno José dos Santos, que afirmou que muitos trabalhadores ficaram com medo da exposição, mas seguiram atuando para manter o emprego. “Estão em pânico. Eu acho um absurdo”, ressalta. Com o navio fora do cais santista, a preocupação é com os reflexos do contato. “Tomara que não deixe nada de ruim aos trabalhadores”.


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