Cheque de R$ 200 mil é achado pela PF em casa de empresário ligado a fraudes no Porto

Folha tinha assinatura de Marcelo Squassoni (PRB), deputado federal. Empresário foi preso durante a Operação Tritão

Por: De A Tribuna On-line & Com informações do G1 Santos &  -  29/11/18  -  16:16
Operação Tritão investiga fraudes em contratos firmados pela Codesp
Operação Tritão investiga fraudes em contratos firmados pela Codesp   Foto: Rogério Soares/AT

Um cheque no valor de R$ 200 mil, e assinado pelo deputado federal Marcelo Squassoni (PRB), foi apreendido na casa do empresário Mario Jorge Paladino, um dos investigados na Operação Tritão, da Polícia Federal. O documento será incluído na série de investigações que apuram fraudes em contratos no Porto de Santos.


Paladino é dono da MC3 Tecnologia, empresa que firmou contrato de R$ 7,3 milhões, em 2016, para digitalizar documentos da Codesp, após licitação. O vínculo foi renovado em 2017 para a finalização do serviço, este no valor de R$ 3,4 milhões, mas o procedimento não foi finalizado.


De acordo com informações apuradas pelo jornalista José Claudio Pimentel, do G1 Santos, o cheque foi encontrado durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do empresário, quando a operação foi deflagrada, em 31 de outubro. Assinado em 2014 por Squassoni, a folha traz o número da conta de campanha deputado.


Por meio de nota, Squassoni afirmou que conhece o empresário, que mora e tem atividades em Guarujá, e que o cheque apreendido seria usado para o pagamento de uma gráfica que produziria material impresso de propaganda eleitoral para a campanha dele naquela ocasião, empresa essa de propriedade de Paladino. A defesa do empresário não se manifestou.


Deputado diz que cheque apreendido seria para pagamento de uma gráfica
Deputado diz que cheque apreendido seria para pagamento de uma gráfica   Foto: Reprodução/G1 Santos

Operação Tritão


Além de Paladino, também foram presos o ex-diretor de Relações com o Mercado e a Comunidade da Codesp, Cleveland Sampaio Lofrano, o ex-assessor da Autoridade Portuária Carlos Antônio de Souza, o ex-superintendente jurídico da estatal Gabriel NogueiraEufrásio, os empresários Joabe Francisco Barbosa e Joelmir Francisco Barbosa, além do ex-presidente da Codesp, José Alex Oliva. Eles foram soltos após pagamento de fiança estipulado pela Justiça.


As investigações começaram após inquérito instaurado em novembro de 2017, para apurar um vídeo publicado em setembro do ano anterior, onde um ex-assessor de Oliva, Carlos Antônio de Souza, confessava a prática de crimes ocorridos na empresa.


Também houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa de Oliva, em Copacabana, e de outros executivos e empresários ligados à empresa, assim como nas residências dos vereadores Mário Lúcio da Conceição e Ronald Nicolaci Fincatti, em Guarujá, e em seus respectivos gabinetes na Câmara de Vereadores da cidade.


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