Transporte de algodão por ferrovia para o Porto de Santos cresce mais de 200%

Volume foi operado pela Brado entre o seu terminal de Rondonópolis (MT) e o cais santista, onde o produto é entregue para exportação

Por: Da Redação  -  10/06/20  -  22:19
Volume foi operado pela Brado
Volume foi operado pela Brado   Foto: Divulgação/Brado

O transporte de pluma e caroço de algodão por ferrovia em contêineres em direção ao Porto de Santos cresceu mais de 200% no primeiro trimestre. O volume foi operado pela Brado entre o seu terminal de Rondonópolis (MT) e o cais santista, onde o produto é entregue para exportação.


De acordo com a empresa, no primeiro trimestre do ano passado, 892 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram transportados em direção ao complexo marítimo. Já nos três primeiros meses deste ano, o volume saltou para 2.824 TEU.


Segundo o gerente executivo comercial de Exportação da Brado, Vinicius Cordeiro, o investimento na aquisição de equipamentos e a limpeza de armazéns foram fundamentais para o aumento do volume movimentado entre a zona produtora e o cais santista. 


"Com o caroço de algodão, por exemplo, utilizamos um tombador e esteira que garantem qualidade máxima na estufagem dos contêineres. Para operar com a pluma de algodão, todo o maquinário foi renovado e priorizamos a limpeza e segurança do armazém de movimentação. Toda essa estrutura previne qualquer tipo de contaminação durante a manipulação e o transporte do produto", explicou o executivo. 


Segundo Cordeiro, outro destaque é a gestão de prevenção contra roubos e acidentes. De agosto do ano passado a abril de 2020, o índice de segurança foi de 100% para os nossos clientes que usaram o modal ferroviário. Para isto, foi criada uma estrutura de procedimentos.


O caroço e a pluma de algodão chegam ao terminal da Brado por caminhão, em trechos que abrangem distâncias entre 150 e 600 quilômetros. Ao receber a carga, a empresa faz o inventário dos produtos, realiza a estufagem e fumigação dos contêineres, além de articular a vistoria técnica do Ministério da Agricultura. 


Em seguida, é iniciado o transporte ferroviário. Com todos os procedimentos feitos antes da ferrovia, a carga chega pronta para o embarque nos terminais de Santos. De Rondonópolis a Santos, o algodão é movimentado por 1.500 quilômetros de via férrea.


"Em nosso processo, o transporte do algodão é feito 15% no modal rodoviário e 75% no ferroviário. Desta forma, além do custo logístico competitivo para o segmento, isso gera uma grande redução de emissão de CO2, e uma alta prevenção de acidentes não só para os nossos clientes, mas para toda a sociedade", finalizou Cordeiro.


Atualmente, a empresa atende 16 clientes desse segmento, entre produtores e tradings, que decidiram adotar a multimodalidade no lugar de modelos tradicionais de logística, como o rodoviário. “A escolha pela multimodalidade é a mais competitiva para o mercado. E desde 2018 o setor produtivo de algodão só vem aumentando seus volumes”, destacou o diretor comercial da Brado, Douglas Goetten.


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