Sistema inteligente contra incêndios vence hackathon

Realizada pela Abtra, maratona tecnológica resultou em dez projetos para solucionar problemas do Porto de Santos

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  10/12/19  -  19:34
Equipe vencedora do Porto Hack Santos recebeu prêmio de R$ 60 mil
Equipe vencedora do Porto Hack Santos recebeu prêmio de R$ 60 mil   Foto: Divulgação

Agilizar a comunicação e reduzir os impactos de eventuais acidentes no Porto de Santos, utilizando inteligência artificial capaz de identificar imagens, localização e acionar pessoas. Esta foi a estratégia ganhadora da PortoHackSantos, maratona para o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras voltadas ao cais santista.


Ohackathonfoi realizado no último fim de semana pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra). Ele serviu para impulsionar a busca por soluções inteligentes para problemas que são velhos conhecidos dos usuários e das autoridades do Porto.


AAbtrajá fomenta, há alguns anos, a inovação tecnológica dos processos logísticos e portuários brasileiros. Agora, a ideia é mobilizar a sociedade na busca por soluções necessárias para incrementar e agilizar as trocas comerciais pelo cais santista.


O diretor-executivo daAbtra, Angelino Caputo, explica que o protótipo vencedor foi premiado com R$ 60 mil. O projeto foi o melhor entre nove desenvolvidos durante as 30 horas do evento.


A proposta vencedora prevê a utilização de um software capaz de identificar a imagem de um incêndio. A localização também é rastreada pelo aplicativo. Em seguida, são reconhecidos planos de emergência já cadastrados em uma base de dados, assim como os contatos que devem ser acionados em caso desses sinistros. Tudo com a utilização de inteligência artificial.


“Aquilo que foi feito não é a solução final, é um protótipo”, explicou Caputo. Segundo o executivo, a solução vencedora pode não ser a melhor ideia, mas foi a que convenceu os jurados.


Os organizadores vão reavaliar os dez projetos apresentados. A ideia é verificar qual tem o maior potencial de ser implantado no cais santista.


“A solução tem uma proposta para o agora. A maioria das soluções pensava em resolver um problema de emergência com previsões do futuro. A gente pensou ao contrário. Nossa solução tentar resolver da forma mais rápida possível o sinistro”, afirmou Igor LuizHalfeld, integrante do grupo ganhador da maratona.


Caputo aponta que há uma lacuna entre as ineficiências do setor e as pessoas que dominam a tecnologia. Por este motivo, é necessária uma interface entre esses atores. “Quem sabe desenvolver, não sabe o problema da vida real”, afirmou.


Além das ações para mitigar impactos de acidentes, otimizar a análise de documentos exigidos por autoridades do segmento foi outro desafio apresentado aos competidores. Tudo a partir das várias normativas do setor.


Números


Ohackathonteve 30 horas de duração e 637 inscrições. Dessas, 253 foram pré-selecionadas e 60 aprovadas para compor as 10 equipes. Do total de inscritos, 21% (134) eram mulheres e 8,4% (53), pessoas acima de 40 anos. A maior parte dos maratonistas (30) tinham entre 18 e 25 anos.


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