Sistema Datavisa volta a apresentar lentidão no Porto de Santos

Problemas no processamento de pagamentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária afetam atracação de navios

Por: Da Redação  -  04/01/20  -  23:48
Conselhos para uma nova governança?
Conselhos para uma nova governança?   Foto: Carlos Nogueira/AT

Os problemas no processamento de pagamentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) continuam no Porto de Santos. Uma agência de navegação foi autorizada a acionar o plano de contingência, mas ainda há lentidão no sistema Datavisa.


A autorização para a adoção do plano de contingência foi expedida no último sábado (28), após publicação de reportagem em A Tribuna sobre o assunto.


Segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), o problema acontece porque o Datavisa, sistema utilizado pelo Anvisa, leva um certo tempo para acusar o pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU). A taxa é necessária para a emissão da Livre Prática, que permite a atracação dos navios e a consequente movimentação de cargas.


“Hoje (sexta-feira) o sistema está lento para gerar o boleto, mas está funcionando, porém a compensação está demorando um pouco. Enquanto não houver mudança de funcionalidade no sistema Datavisa, sempre enfrentaremos esses percalços que são recorrentes”, destacou o diretor-administrativo do Sindamar, José Roque.


Na semana passada, embarcações aguardaram sete dias pela confirmação da quitação do débito, medida necessária para a autorização da atracação de navios. O custo diário de um cargueiro inoperante gira em torno de US$ 15 mil.


Segundo o executivo, o Sindamar também tem pleiteado que embarcações que não tenham registro de enfermidade de tripulantes na declaração marítima sejam liberadas para a operação. A ideia é evitar prejuízos com custos de atracação e estadia sem a movimentação de mercadorias.


“A impressão que se dá é que o mundo do shipping, para a Anvisa, não tem tanto urgência na solução dos problemas e a sensação que temos é que estão em um sono letárgico, tamanha a ausência de ações”, afirmou Roque.


Procurada, a Anvisa não respondeu aos questionamentos de A Tribuna até o fechamento da reportagem.


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