Uma operação da Receita Federal resultou na apreensão de 21,6 toneladas de produtos piratas (contrafeitos) no Porto de Santos, na terça-feira (4). Trata-se da segunda ação com esse viés no cais santista, que retirou de circulação materiais similares, em menos de uma semana.
Segundo o órgão federal, como ocorreu na apreensão do dia 29 de julho, trata-se de uma carga de passagem pelo território nacional, vinda da China, com destino ao Porto de Montevidéu, no Uruguai. Os produtos irregulares estavam acondicionados em um contêiner de 40 pés (cerca de 12,2 metros).
Foram encontradas camisetas, agasalhos, tênis, botas, sapatos, sandálias, capas de celular, carregadores, baterias, óculos, entre outros, ostentando marcas importadas como Yves Saint Laurent, Nike, Dolce & Gabbana, Adidas, Mizuno, Dior, Chanel, Apple, Versace, Louis Vuitton, Gucci, entre outras.
As mercadorias estavam prensadas em caixas e fardos de forma a se obter a maior quantidade possível dentro de um único contêiner.
Conforme técnicos do órgão, baixa qualidade no material usado para produzir tênis e sapatos poderia gerar problemas de saúde, causados quando o impacto dos movimentos do corpo não é corretamente amortecido pelo calçado: dores nas solas dos pés, inflamações nos tendões, dores na coluna e nos joelhos, entre outros problemas.
Já os óculos escuros, os problemas vão desde a falta de garantia na fabricação das lentes até a inexistência de proteção contra os raios ultraviolentas (UVA e UVB), podendo causar graves danos à visão do comprador.
Outros itens encontrados foram os carregadores e baterias de celulares. Os carregadores podem apresentar isolamento insuficiente contra descargas elétricas, causar danos nas entradas e risco de curto-circuito. Já as baterias, risco de explosão, podendo causar queimaduras e até incêndios.
Além dos danos à saúde, a comercialização de produtos contrafeitos viola os direitos autorais, causa prejuízo ao erário (por deixar de arrecadar impostos) e aumento nos índices de desemprego, desencadeia a prática de concorrência desleal e alimenta o crime organizado.