Projeto de ponte entre as margens do Porto é debatido em audiência nesta terça-feira

Evento será realizado às 17 horas no Teatro Guarani, no Centro, em Santos

Por: Da Redação  -  16/07/19  -  12:35
Atualizado em 16/07/19 - 12:38
Ponte proposta pela Ecovias irá ligar as cidades de Santos e Guarujá
Ponte proposta pela Ecovias irá ligar as cidades de Santos e Guarujá   Foto: Divulgação/Ecovias

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) discute, nesta terça-feira (16), em Santos, o projeto da ponte que ligará as duas margens do Porto de Santos e seus impactos ambientais. A audiência é aberta ao público e uma oportunidade para que a comunidade se manifeste em relação ao empreendimento. O evento será realizado às 17 horas no Teatro Guarani, no Centro. 


Aguardado há mais de 90 anos, o projeto da ponte divide opiniões. Atualmente, a proposta é analisada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente para a obtenção da licença ambiental. A expectativa é que, se aprovado, o aval seja expedido em fevereiro do ano que vem. 


Já há Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) do projeto da ponte. O material pode ser consultado até esta terça-feira, na Prefeitura de Santos. Também há a possibilidade de obter uma cópia eletrônica do documento através do site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)


Segundo proposta apresentada pela Ecovias, a concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) e manifestou interesse em realizar o projeto, a ponte terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão, com início na entrada de Santos, no km 64 da Via Anchieta, e término próximo ao acesso à Ilha Barnabé, na Área Continental de Santos, a cerca de 500 metros da praça de pedágio de Guarujá, no km 250 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. 


O vão principal da ponte terá altura de 85 metros e 325 metros de largura entre os pilares. As medidas são exigências pelo Governo do Estado para tornar viável as atividades no Aeroporto Metropolitano da Baixada Santista (na Base Aérea de Santos) e para não impactar nas operações portuárias.


Porém, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já se posicionou contra o empreendimento. E tem sido acompanhada por entidades representantes de empresas do setor, que pedem mais informações sobre a ponte. 
A Autoridade Portuária afirma que a estrutura poderá inviabilizar a expansão do Porto. A estatal aponta ainda que o projeto interfere na bacia de evolução na região e defende a construção de um túnel ligando as duas margens do complexo. 


Túnel submerso


Como alternativa, a Docas aponta a possibilidade de construção de um túnel submerso capaz de interligar as duas margens do cais santista. A ideia é que o empreendimento, que já conta com licenciamento ambiental aprovado, seja construído entre o Cais de Outeirinhos e Vicente de Carvalho, a cerca de 21 metros de profundidade. 


Um túnel já foi cogitado há alguns anos por autoridades estaduais e federais. Porém, o alto custo e a falta de recursos fizeram o projeto ser deixado de lado. 


Enquanto a ponte está orçada em R$ 2,9 bilhões, o túnel deve custar em torno de R$ 3,2 bilhões. O primeiro empreendimento deve ser construído em 36 meses. Já o submerso necessita de 40 meses de obras. 


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