Porto de Santos supera 31 milhões de sacas de café exportadas

Cais santista é responsável por 78% os embarques nacionais da commodity, que atingiram 40,6 milhões de sacas

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  15/01/20  -  21:35
Terminais da região exportaram 7,9 milhões de sacas de café
Terminais da região exportaram 7,9 milhões de sacas de café   Foto: Alberto Marques

Mais de 31,6 milhões de sacas de 60 kg de café foram exportadas pelo Porto de Santos durante todo o ano passado. O volume é 10% maior do que as 28,7 milhões de sacas escoadas em 2019. O cais santista é responsável por 78% os embarques nacionais da commodity, que atingiram 40,6 milhões de sacas.


Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A entidade aponta, ainda, que outros 24 complexos portuários escoaram o produto durante todo o ano passado.


No ranking dos escoadores de café, logo atrás de Santos, aparecem os portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 5,1 milhões de sacas. Isto equivale a 12,7% de todo o café brasileiro vendido ao mercado internacional.


Em Vitória (ES), passaram 2 milhões de sacas do produto, 5% do total. O porto capixaba ampliou sua participação no escoamento da commodity. Em 2018, foram apenas 914.274 sacas, o que correspondia a 2,6% do café brasileiro.


Os portos de Paranaguá (PR) Salvador (BA) escoaram 666.436 sacas e 358.789 sacas, respectivamente. Os volumes correspondem a 1,6% e 0,9% do total vendido ao mercado internacional.


É crescente a utilização de contêineres para o transporte do café. A operação é considerada mais segura e limpa para garantir a qualidade do produto. Em 2018, 99.907 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram utilizados nessas operações. Já no ano passado, o volume saltou para 114.739 TEU.


“O Brasil mantém sua posição de liderança mundial e é um país protagonista na oferta de cafés sustentáveis para o mundo, oferecendo um produto com total segurança e qualidade, graças a sua alta competência e ao foco na sustentabilidade. Temos um quadro importantíssimo de países importadores – no ano passado foram 128 países parceiros que consumiram o nosso café – e é importante salientarmos também que o país está preparado para atender a demanda global crescente com grande possibilidade de incremento nos próximos anos”, destacou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.


Destinos


Os Estados Unidos permaneceram como o país que mais consumiu café exportado do Brasil, com 7,9 milhões de sacas, 19,4% das exportações totais no ano passado. O segundo maior destino foi a Alemanha, com 6,8 milhões, 16,7% do total, e, em terceiro, a Itália, com 3,6 milhões, 8,8%.


Na sequência estão: Japão, com 2,6 milhões de sacas, o equivalente a 6,4%; Bélgica, 2,5 milhões, 6,2%; Turquia, 1,2 milhão, 2,9%; Federação Russa, 1,1 milhão, 2,6%; México, 951 mil, 2,3%; Reino Unido, 941 mil, 2,3%; e Canadá, 900,2 mil, 2,2%.


Exceto o Reino Unido, que apresentou queda de 25,5% nas exportações quando comparado a 2018, todos os principais destinos registraram aumento no consumo de café brasileiro, com destaque para o México, que teve crescimento de 200,8% na compra.


Qualidade


No ano passado, o Brasil exportou 36,6 milhões de sacas de café verde, sendo 32,6 milhões de sacas de arábica e 3,9 milhões de robusta, o que representa um aumento de 14,8% em relação a 2018.


A exportação do café robusta ou conilon apresentou crescimento de 59,5%, se comparado ao ano anterior, enquanto o arábica registrou aumento de 11% no período. Já os cafés industrializados apresentaram alta de 7%, com a exportação de 4 milhões de sacas, sendo 3,98 milhões de café solúvel e 24,4 mil de torrado & moído.


Neste caso, o café solúvel teve crescimento de 6,9%, enquanto que o torrado & moído, 27,2%.


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