Porto de Santos faz simulação de atendimento a caso suspeito de coronavírus; vídeo

Essa foi a primeira ação do tipo realizada em um porto em cenário nacional

Por: Da Redação  -  18/02/20  -  22:30

Uma simulação de atendimento à chegada de navios com casos suspeitos de tripulantes contaminados pelo coronavírus (Covid-19) foi realizada no Porto de Santos no último dia 12. A embarcação utilizada foi o Amalthia Tanker, cedido pela Transpetro para o exercício. A Codesp, autoridade portuária, determinou a atracação da embarcação no cais do Armazém 35, que está inoperante.


Esta foi a primeira ação do tipo realizada em um porto em cenário nacional. Segundo a Codesp, sendo o Porto de Santos o maior da América Latina, iniciativas de preparo e prevenção tornam o cais santista mais preparado para atender às necessidades de emergências de saúde, tanto para risco de contaminação com o novo coronavírus, quanto outras ameaças vindas pelo transporte marítimo. 


“Todo o esforço realizado tem como objetivo garantir que o trabalhador possa estar seguro na operação portuária”, afirma o superintendente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da Codesp, Mauricio Bernardo Gaspar Filho. 


O cenário montado para a simulação começou com um comunicado emitido pela Anvisa à Codesp, reportando a presença de um tripulante com passagem recente por zonas de risco e sintomas que o enquadram como suspeito de ter sido contaminado pelo coronavírus. Na sequência, a autoridade portuária acionou o Plano de Contingência do Porto de Santos (PCPS), que facilita a comunicação entre as autoridades competentes e ações coordenadas de resposta para o atendimento da ocorrência.


A Guarda Portuária foi encarregada de isolar o local de atracação do navio - procedimento que será feito da mesma forma, caso haja um caso real. Os responsáveis pela amarração do navio usaram Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para o caso. Funcionários da Superintendência de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da Codesp deram orientações com relação ao uso e ao descarte destes equipamentos. Uma funcionária fez o papel do tripulante doente.


Após a atracação do navio, a Anvisa e os órgãos de vigilância epidemiológica estadual e municipal subiram na embarcação para realizar o exame clínico do paciente, assim como a investigação junto ao restante da tripulação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deu sequência a esta etapa com a retirada e o encaminhamento do tripulante com caso suspeito para uma unidade de saúde.


Observadores acompanharam todo o exercício, analisando o procedimento. Eles  apresentarão propostas de melhoria, em reunião, aos envolvidos. A Praticagem de Santos, a Marinha do Brasil e a Receita Federal também participaram do exercício. Ao total, a simulação envolveu cerca de 40 pessoas.


Contingência


A elaboração do PCPS foi iniciada pela Codesp no ano passado, para unir os diversos planos de emergência existentes no complexo portuário santista. Ele fortalece a comunicação entre as autoridades intervenientes, auxiliando no planejamento e na adoção das ações necessárias para uma gestão eficiente durante incidentes e acidentes que possam impactar as operações do Porto Organizado de Santos.


O intuito do exercício foi testar este protocolo, que envolve a Codesp, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Capitania dos Portos de São Paulo, a Receita Federal e equipes de saúde dos governos estadual e municipal.


Logo A Tribuna
Newsletter