Pequeno assoreamento faz Porto de Santos retomar dragagem do canal

Serviço de manutenção da profundidade da via de navegação é realizado por duas dragas, fretadas pela DTA

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  08/08/20  -  12:09
  Foto: Carlos Nogueira/AT

Um pequeno assoreamento (deposição de sedimentos) foi identificado no trecho 4 do canal de navegação do Porto de Santos. Segundo a Autoridade Portuária de Santos (APS), o problema não compromete a navegação na região e nem o calado operacional. As dragas iniciaram as correções nesta sexta-feira (7) e os trabalhos devem ser realizados durante o fim de semana. 


As embarcações utilizadas são a draga hopper Afonso de Albuquerque, com 3.500 metros cúbicos de cisterna, de última geração, e a Seine, semelhante à primeira, mas com capacidade para armazenar 4.317 metros cúbicos de sedimentos. 


As embarcações foram afretadas pela DTA Engenharia. A empresa foi contratada para manter as profundidades do cais santista nos próximos dois anos. Porém, neste primeiro momento, tem autorização apenas para intervenções pontuais identificadas pela Autoridade Portuária. 
Segundo a APS, as dragas passaram por ajustes para o início da operação, que devem ser concluídos rapidamente. Os trabalhos serão concentrados no trecho que começa no Armazém 6 e vai até o final da Alemoa. 


Hoje, esta região conta com dois limites de calado. Do início até o terminal da Alemoa, embarcações com até 13,5 metros de calado podem trafegar em condições normais de maré. Na preamar, há 1 metro de acréscimo. Já no segundo trecho, que vai do terminal da Alemoa até o fundo do canal, há restrição para o tráfego de navios com mais de 12,7 metros de calado. 


Canal de navegação


A dragagem do canal do Porto de Santos está paralisada desde 12 de junho. Nesta data, foi concluído o serviço realizado a partir do contrato firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). 


Por outro lado, os pontos de atracação foram a primeira etapa desta frente de trabalho. A intervenção foi necessária para que os berços de terminais de contêineres recuperassem calado, após o assoreamento causado pelo tempo em que a obra ficou paralisada, por conta de uma disputa judicial. 
Com as fortes ressacas ocorridas nesta época do ano, a área do canal mais assoreada, normalmente, é o trecho 1, que vai da Barra até o Entreposto de Pesca. Segundo um especialista, nesta região, o assoreamento pode chegar a 1 milhão de metros cúbicos em um curto espaço de tempo.


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