Paranaguá registra crescimento de 58% nas exportações de carne suína

Complexo paranaense embarcou 36,2 mil toneladas do produto no primeiro semestre do ano, gerando uma receita de US$ 76 milhões. Os principais compradores são países asiáticos

Por: De A Tribuna On-line  -  24/07/19  -  00:35
Hong Kong, China, Cingapura, Vietnã e o país europeu Albânia são os principais compradores
Hong Kong, China, Cingapura, Vietnã e o país europeu Albânia são os principais compradores   Foto: Claudio Neves/ Divulgação Portos do Paraná

O Porto de Paranaguá (PR) apresentou alta de 58% nas exportações de carne suína congelada no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2018. Foram 36,2 mil toneladas do produto embarcadas pelo complexo, gerando uma receita de US$ 76 milhões. De janeiro a junho do ano passado, esse número foi de 23 mil toneladas, avaliadas em US$ 49 milhões. 


Quatro países asiáticos são os principais destinos da carne suína embarcadas em Paranaguá. No ranking, a liderança fica com Hong Kong (13,3 mil toneladas), seguido pela China, (10,8 mil), por Cingapura, (6,9 mil) e Vietnã, (1,4 mil). A quinta colocação fica com a nação europeia Albânia (1 mil). A carne é oriunda principalmente do próprio estado do Paraná, seguida pelas produções de Santa Catarina, Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo.


Para o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná (a autoridade portuária do estado), Luiz Fernando Garcia, a capacidade de embarque de carnes congeladas do Porto de Paranaguá é um dos diferenciais para seu aumento nas movimentações. “Estamos preparados para responder tanto à produção do campo quanto às novas oportunidades de mercado que se abrem aos exportadores”, afirma.


Para o analista do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Edmar Gervásio, o principal fator para o aumento nas exportações de carne suína são as questões sanitárias internacionais. Ele explica que a demanda pelo produto cresceu no Brasil e o Paraná acompanha esse crescimento, principalmente pelas questões sanitárias que envolvem a China.  


“A tendência é que cresça ainda mais, pois o mercado está se abrindo. Por exemplo, a Rússia está voltando a comprar a carne de porco brasileira. Esse mercado estava travado no ano passado”, afirma Gervásio.


O analista ainda diz que existem mais de 100 mil propriedades destinadas à criação de porcos no Paraná. Destes, 30 mil são produtores comerciais do produto (suinocultores). Eles destinam sua produção via mar principalmente para Hong Kong e, pelo transporte terrestre, para Argentina, Uruguai e Chile.


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