Píer 1 da Alemoa, no Porto de Santos, entra em obras

Berço de atracação destinado a líquidos ficará fechado por 15 dias

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  27/12/19  -  23:23
Segundo trabalhadores, há preservação de estoque de combustíveis, na Alemoa, por conta da greve
Segundo trabalhadores, há preservação de estoque de combustíveis, na Alemoa, por conta da greve   Foto: Arquivo

O Píer 1 daAlemoa, no Porto de Santos, destinado às operações de granéis líquidos, ficará fechado por cerca de 15 dias. O período é necessário para reparos na defensa do ponto de atracação. Usuários do cais santista que operam embarcações carregadas com líquidos, como produtos químicos ou combustíveis, seguem preocupados, já que o tempo médio de espera para uma atracação é de 14 dias.


São dois os motivos da demora para a atracação desses cargueiros. Os problemas nas defensas, que começaram em setembro, e a falta de dragagem de berços destinados às operações de líquidos, paralisadas em abril, que causaram atrasos na entrada de embarcações no cais santista, principalmente as destinadas àAlemoa, na Margem Direita (Santos), e à Ilha Barnabé, na Margem Esquerda, na Área Continental da cidade.


Na semana passada, a VanOordOperações Marítimas iniciou o serviço de dragagem nos berços afetados pelo assoreamento (deposição de sedimentos) dos últimos meses. Mas, para que o serviço seja executado, é necessário que o ponto de atracação esteja vazio.


A dragaGeopotes15 chegou ao cais santista na última sexta-feira (20) para o serviço. A embarcação foi deslocada do Porto de Itajaí (SC). Um dia antes, porém, a dragaYogiiniciou o nivelamento de berços de atracação na Ilha Barnabé.


Hoje, segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), um navio carregado com produtos químicos ou combustíveis aguarda cerca de 14 dias por uma janela de atracação. Com a interdição do píer 1 daAlemoa, o temor é de que a situação se agrave.


Isto porque os navios que farão operações naTranspetro(empresa da Petrobras) terão de ser deslocados para o Píer 2, que voltou a receber navios na semana passada, após reparos em sua defensa. Consequentemente, os outros navios serão obrigados a utilizar berços que tiveram as profundidades reduzidas e passam por reparos de dragagem.


Procurada, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, apontou que o tempo médio para a atracação de navios de líquidos no cais santista é de nove dias e, ainda, até ontem, 14 cargueiros aguardavam por uma janela de atracação. Porém, segundo a programação, hoje, são 16 embarcações fundeadas na Barra de Santos.


Reparos


O Píer 1 daAlemoafoi interditado às 7h de quinta (26). Mas, segundo a autoridade portuária, os trabalhos já foram iniciados na semana passada.


Assim como ocorreu no Píer 2, os serviços a serem realizados na defensa do Píer 1 incluem inspeção subaquática para verificação da integridade das colunas de sustentação, além de reparo e reforço das estruturas, garantindo a integridade e o alinhamento.


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