ONG leva crianças de Praia Grande para conhecer navio Costa Favolosa

Atividade ocorreu em uma das escalas no cais santista. Os 43 alunos ganharam o passeio pelo bom comportamento e pela aplicação durante o ano letivo

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  20/04/19  -  15:50
Crianças aproveitaram a piscina e o cinema
Crianças aproveitaram a piscina e o cinema   Foto: Elmir de Almeida

Os olhos arregalados de 43 meninos e meninas do Projeto Criança Feliz (Procrife), de Praia Grande, diante do navio de 290 metros de comprimento e 113 toneladas, logo dão espaço à euforia. Afinal, estavam prestes a conhecer uma das principais embarcações da temporada de cruzeiros do Porto de Santos. O passeio foi um prêmio pelo bom comportamento e pela aplicação durante o ano letivo.


A atividade ocorreu no mês passado, ainda durante a temporada de cruzeiros, a bordo do Costa Favolosa, da armadora Costa Cruzeiros, em uma de suas escalas no cais santista. Foi um dia inteiro a bordo, onde as crianças, vindas de famílias que tradicionalmente não têm condições de viajar em luxuosos transatlânticos, puderam aproveitar a piscina e o cinema, brincar com monitores e saborear as comidas da embarcação, especialmente os sorvetes. 


“Nunca visitei um navio antes, só barco. Estou achando tudo muito legal e, antes de chegar aqui, estava muito ansioso e feliz. Fiquei pensando na piscina, na comida e no sorvete”, disse José Roberto Nascimento Santos Junior, de 7 anos. 


O ingresso das crianças, com idades de 4 a 14 anos, foi possível graças ao trabalho do guarda portuário Mário Jorge Ferreira, de 66 anos, e que há 11 fundou a Organização Não Governamental (ONG) Procrife, que tem até 150 crianças. 


Ferreira se orgulha em não depender financeiramente de ninguém para manter o projeto, realizado com o apoio de voluntários, que dão aulas de reforço escolar, balé, ginástica, pintura e capoeira, entre outras. 


“Em 2011, surgiu essa parceria com a Costa Cruzeiros e, desde então, trazemos as crianças uma vez ao ano. O passeio aqui é sempre inesquecível”, disse o guarda portuário. 


Segundo Ferreira, a seleção para a visita ao navio e outros passeios depende do desempenho escolar. “Eles vão à escola e, todo mês, visito as unidades para saber como estão as notas. Se tiverem nota vermelha, não participam das atividades e fazem aulas de reforço na ONG”, explicou.


O guarda portuário conta que a ida à embarcação é um dos muitas atividades propostas pela ONG ao longo do ano, mas, de fato, uma das mais aguardadas. “É uma realização. Os pais ficam felizes pelos filhos, pois não sabem se um dia terão condições de proporcionar isso às crianças. Os pais contam que não conseguem dormir. Para ter uma ideia, marcamos às 7h30 para sair da minha casa e 5h30 já tinha gente na porta”.


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