Navio graneleiro atracado no Porto de Santos tem caso confirmado de coronavírus

Embarcação Saldanha chegou nesta sexta-feira (17) ao cais santista para o embarque de 63 mil toneladas de soja a granel

Por: Fernanda Balbino  -  18/04/20  -  01:05

Mais um navio registrou caso de coronavírus no Porto de Santos. Desta vez, o graneleiro Saldanha, que estava atracado no Armazém 31, no Macuco, teve um tripulante contaminado. A embarcação foi removida para a área de fundeio do cais santista.


A embarcação chegou ao Porto de Santos nesta sexta-feira (17), para o embarque de 63 mil toneladas de soja a granel. Porém, não recebeu a Livre Prática, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar as operações. Isso porque um dos tripulantes estava com tosse persistente, um dos sintomas da Covid-19.


O órgão determinou que todos os 20 marítimos fossem testados. Contrariando expectativas, o tripulante que estava com sintomas não foi contaminado pelo coronavírus. Porém, um outro, assintomático, testou positivo para a doença.


“O tripulante que testou positivo está em bom estado de saúde e, por isso, não será desembarcado neste momento. Porém, deverá ser mantido isolado em sua cabine dentro do navio”, destacou a Anvisa, em nota. 


A autoridade sanitária determinou a desatracação da embarcação. O cargueiro entrou em quarentena e deve permanecer até, pelo menos, o próximo dia 1º na área de fundeio no Porto de Santos, em um local específico para permanência de embarcações com riscos de contaminação.


Praticagem 


As manobras de entrada e saída do Porto de Santos foram realizadas com a orientação da Praticagem de São Paulo. Nas duas ocasiões, os práticos foram a bordo utilizando equipamentos de proteção individual para evitar contaminações.


Os práticos fazem, diariamente, cerca de 32 manobras no Porto de Santos. Eles são os primeiros a entrar em embarcações que chegam de diversos locais do mundo e, mesmo com todos os equipamentos de proteção e cuidados, sabem que correm o risco de contaminação pela Covid-19 e a possibilidade de se transformarem em vetores da doença. 


Por isso, a categoria pediu à Anvisa que os navios sejam inspecionados ainda na Barra de Santos, antes da autorização para atracação. Assim, em casos como o do navio Saldanha, não haveria exposição de profissionais e riscos de contaminação.


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