Marinha vai ampliar frota de patrulhamento no Porto de Santos

Grupamento receberá seu novo navio, o Guajará, nesta quinta-feira (3). Quase 30 militares foram transferidos para o órgão

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  02/10/19  -  22:34
Navio-patrulha Guajará, da classe Grajaú, tem autonomia para permanecer em alto-mar por até 10 dias
Navio-patrulha Guajará, da classe Grajaú, tem autonomia para permanecer em alto-mar por até 10 dias   Foto: Divulgação

O navio-patrulha Guajará (P-44), da Marinha do Brasil, chegará ao Porto de Santos nesta quinta-feira (3), pela manhã. A embarcação será incorporada à frota do Grupamento de Patrulha Naval Sul-Sudeste (GPNSS). Cinco oficiais e 24 praças fazem parte da tripulação e foram transferidos para o cais santista.  


Todos vão participar da cerimônia de transferência de subordinação do navio, prevista para as 10 horas, na sede da organização militar. A solenidade contará com a presença do comandante do 1º Distrito Naval, o vice-almirante Flávio Augusto Viana Rocha (o navio estava subordinado a esse distrito), e do comandante do 8º Distrito Naval, o vice-almirante Claudio Henrique Mello de Almeida.  


O Guajará, da classe Grajaú, tem autonomia para permanecer até 10 dias em alto-mar. A embarcação vai permitir ações de patrulhamento a 200 milhas náuticas (370 quilômetros da costa), alcançando a região das plataformas de petróleo.  


A embarcação foi incorporada à Marinha do Brasil em 28 de abril de 1995. Ela tem 46,5 metros de comprimento, 7,5 metros de boca (largura) e 2,3 metros de calado.  


O Guajará conta com uma lancha de casco semi-rígido, com capacidade para 10 homens e um bote inflável para seis homens. Os equipamentos são usados para salvamentos e abordagens. Além disso, o navio-patrulha utiliza um guindaste eletro-hidráulico com capacidade para 620kg. 


Os 29 tripulantes vão aumentar o efetivo do GPNSS, que hoje conta com 50 pessoas. Ainda há previsão de que outros oficiais sejam deslocados para o cais santista.  


Isto vai acontecer ainda neste mês, com a chegada do navio-patrulha Guaporé, que é semelhante ao Guajará e também fará parte da frota da organização militar. A previsão é de que esta última embarcação chegue a Santos em três semanas.  


“Vamos priorizar a fiscalização e o patrulhamento além das 12 milhas náuticas (22,2 quilômetros) no nosso mar territorial, na área da Bacia de Santos e fazer uma ação de presença maior na nossa região”, destacou o capitão de fragata Rafael Burlamaque, que assumiu o comando do Grupamento na última quinta-feira.  


Os planos do oficial incluem intensificar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente e evitar o tráfico de drogas na área de jurisdição do GPNSS. Isto inclui as proximidades do Porto de Santos e também uma distância superior a 12 milhas náuticas da costa de São Paulo e do Paraná. 


Estrutura 


Hoje, o Grupamento já opera duas embarcações do tipo aviso-patrulha, o Barracuda e o Espadarte, ambas de pequeno porte e modernizadas para atuar na região. Elas são utilizadas no monitoramento de áreas próximas da costa, como o canal do Porto. 


Há também a lancha 888 Raptor, batizada de Mangangá, que atua no combate ao narcotráfico, à pirataria e em atividades de patrulhamento. Apelidada de Caveirão dos Mares, a embarcação tem 9 metros e cabine blindada, capaz de suportar tiros de fuzil. 


A sede do Grupamento fica entre os armazéns 27 e 29 do Porto de Santos, ao lado da sede Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), a Autoridade Marítima de Santos. 


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