Trinta abordagens a embarcações, quatro barcos apreendidos e outros quatro retirados de tráfego. Este foi o resultado do primeiro dia da Operação Santos II - Amazônia Azul, que aconteceu nesta quarta-feira (23) e contou com a participação de órgãos federais e estaduais. Os trabalhos seguirão nos próximos dias para combater a pesca ilegal, a poluição hídrica e garantir a segurança da navegação.
A fiscalização envolveu o Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste (GPNSS), Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), Polícia Militar Ambiental, Fundação Florestal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Receita Federal, Guarda Portuária, Polícia Federal e Comando Aéreo da Polícia Militar. Ela aconteceu na área de fundeadouros e no canal do Porto de Santos, além de outras pontos da costa e da Laje de Santos.
De acordo com o GPNSS, ontem, 30 embarcações foram abordadas. Uma delas foi notificada por estar com a tripulação incompleta.
Outros quatro barcos foram apreendidos. Um por pesca em área restrita, um por estar sem a tripulação mínima exigida e outros dois por conta da falta de habilitação dos condutores.
O GPNSS aponta, ainda, que quatro embarcações foram retiradas de tráfego por excesso de passageiros. Após o desembarque de alguns deles, os barcos voltaram ao mar.
O Ibama verificou a presença de uma mancha de óleo no mar e apura responsabilidades. Além disso, os porões de dois navios graneleiros foram vistoriados pelas autoridades.
“É importante mostrar para a sociedade que estamos atuando, que é necessário tomar cuidado. Estamos em cima para educar e respeitar a Amazônia Azul”, destacou a chefe do Ibama, Ana Angélica Alabarce.
O trabalho de patrulhamento segue hoje e deve continuar nos próximos dias, chegando à região de São Sebastião.
“A gente faz uma operação desta, com órgãos estaduais e federais, com o objetivo de inibir todos esses ilícitos e também de mostrar para a sociedade que os órgãos estão trabalhando em conjunto. Numa única abordagem, conseguimos verificar várias possíveis ocorrências em uma embarcação”, explica o coordenador da ação, o capitão de Corveta Anderson Lisboa, do GPNSS.
Para realizar o trabalho, foram utilizados o navio-patrulha Guajará, recém-chegado ao grupamento da região, uma lancha blindada, além de outras cinco embarcações dos órgãos envolvidos e um helicóptero da Polícia Militar. Um cão farejador da Guarda Portuária também ajudou na operação.
Ações anteriores
Esta já é a segunda operação que ocorre na região. No mês passado, as equipes retiraram cinco embarcações do tráfego. Outras quatro foram apreendidas, incluindo 500 quilos de camarões, produto de pesca ilegal.