Mais de 130 mil litros de água são retirados de navio que corria risco de afundar no Porto de Santos

Ícone da história da Oceanografia, navio Professor W. Besnard está inoperante no complexo portuário santista desde 2008

Por: Egle Cisterna & Da Redação &  -  16/07/20  -  16:30
A embarcação é um ícone da história da Oceanografia
A embarcação é um ícone da história da Oceanografia   Foto: Santos Port Authority

Depois de preocupar autoridades com a possibilidade de virar e contaminar o canal do Porto de Santos, e na sequência de um trabalho de mais de uma semana para a retirada de água de tomou conta da casa de máquinas, o navio oceanográfico Professor W. Besnard não corre mais risco imediato de afundar. Mas o seu destino ainda é incerto. 


A embarcação, que é ícone da história da Oceanografia, realizando a primeira expedição nacional oficial à Antártida, nos anos 1980, está inoperante no complexo portuário santista desde 2008, quando sofreu um incêndio. 


No início do mês, numa vistoria feita pela Autoridade Portuária de Santos (APS) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), constatou-se um adernamento (inclinação da embarcação para um dos lados) e o mau estado de conservação do navio. 


A APS determinou ao Instituto do Mar (Imar), entidade proprietária da embarcação, a tomada de providências urgentes. Mas como o Imar alegou não ter recursos financeiros para a adoção das medidas necessárias, a entidade responsável pelo Porto realizou o serviço de emergência. 


A operação de retirada da água da casa de máquinas do navio começou no início da semana passada e, de acordo com o Ibama, foram retirados do local 140 mil litros de água, que devem passar por um processo de purificação. Outros 3 mil litros de óleo devem ser removidos até hoje. A agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, chefe do Ibama em Santos, afirma que foram encontrados outros 16 recipientes com 50 mil litros de óleo a bordo. 


“Tivemos que tomar providências. Se ele (o navio) tombasse, esse óleo poderia correr para o Canal do Porto e o impacto ambiental seria muito grande”, diz Ana Angélica. 


O presidente do Instituto do Mar, a quem o navio pertence, Fernando Liberalli Simoni, descarta que houvesse qualquer risco do Besnard afundar.


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