Localfrio busca espaço no mercado de logística integrada

Com mudanças estratégicas, operadora visa faturamento de R$ 1 bilhão em cinco anos

Por: Da Redação  -  24/02/20  -  23:14
Caso tem a ver com tarifas aplicadas sobre a entrega de contêneires
Caso tem a ver com tarifas aplicadas sobre a entrega de contêneires   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Com nova gerência, a operadora logística Localfrio investe na reestruturação de suas operações. À frente do único terminal alfandegado frigorificado do Porto de Santos e presente nos principais hubs marítimos de comércio exterior no País, a empresa começou suas atividades focada no segmento de armazéns frigorificados e terminais alfandegados. Mas, agora, planeja ampliar seus serviços para atuar como um operador logístico completo, com soluções integradas para grandes e médias companhias.


Foi fechada uma captação de R$ 100 milhões por meio da emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), para alongar dívidas de curto prazo e dar início a novos investimentos. O executivo Thomas Rittscher, ex-diretor executivo da Wilson Sons Logística, passou a comandar os negócios da Localfrio em 2018 e, desde então, começou a inserir a empresa no mercado de logística integrada.


O CRI, emitido em operação coordenada pela BR Partners, envolveu dois armazéns de propriedade da empresa. Os ativos vão compor uma carteira de aluguéis a receber pelo período de 12 anos, com papéis negociados na B3. Ao final do contrato, os ativos retornam para a Localfrio. Os recursos levantados serão usados para transferir e alongar a dívida de curto prazo de R$ 65 milhões e sustentar novos investimentos da empresa.


Os serviços de terminais alfandegados correspondem a 70% da receita da Localfrio - com 30% sendo de transporte e logística integrada. “Com o foco em projetos mais complexos, vamos aumentar para 50% a participação das operações de logística integrada e transporte em 5 anos”, aponta Rittscher. 


Com as mudanças na atuação, operadora pretende chegar a R$ 1 bilhão de faturamento até 2025. A companhia fechou 2019 com R$ 313,4 milhões de faturamento e 2018 com R$ 312,6 milhões registrados.


Na armazenagem de cadeia fria fornecida pela empresa, 35% das cargas operadas são de alimentos refrigerados, medicamentos e produtos químicos. Outros 31% estão concentrados em bens de consumo. E a companhia avança em celulose, papel, partes de equipamentos industriais e produtos de metalurgia.


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