Justiça prorroga prisões temporárias dos acusados de cometerem fraudes na Codesp

Juíza federal entendeu que liberdade dos presos poderia comprometer o andamento das investigações

Por: De A Tribuna On-line  -  04/11/18  -  10:23
Operação Tritão investiga draudes em contratos firmados pela Codesp
Operação Tritão investiga draudes em contratos firmados pela Codesp   Foto: Rogério Soares/AT

A Justiça Federal prorrogou asprisões temporárias de seteacusados de pertencerem a umaorganização criminosa queatuaria no Porto de Santos.


O ex-diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex Oliva; o ex-diretor de Relações com o Mercado e Comunidade da empresa, Cleveland Sampaio Lofrano; o ex-assessor da Docas Carlos Antônio de Souza; o superintendente jurídico da Codesp, GabrielNogueira Eufrásio; e os empresários Mario Jorge Paladino, JoabeFrancisco Barbosa e JoelmirFrancisco Barbosa forampresos em 31 de outubrodurante a Operação Tritão, daPolícia Federal (PF).


A PF aponta fraudes na contratação da digitalização de documentos com a MC3 Tecnologia e irregularidades na contratação de serviços de informática com a N2O Tecnologia, além de pagamento indevido realizado para a empresa Domain Consultores, em forma de aditivo contratual.


De acordo com os responsáveis pelas investigações, essas contratações fraudulentas realizadas pela Codesp somam R$ 20 milhões.


No entanto, há suspeitas de que essas empresas também foram contratadas por outros órgãos públicos, como a extinta Secretaria de Portos, hoje vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.


Atendendo a pedido da Polícia Federal, a juíza Veridiana Gracia Campos prorrogou as prisões temporárias dos sete suspeitos por mais cinco dias, em decisão nesse sábado (3), por entender que a liberdade deles poderia comprometer as investigações.


Operação Tritão investiga draudes em contratos firmados pela Codesp
Operação Tritão investiga draudes em contratos firmados pela Codesp   Foto: Rogério Soares/AT

Vídeo


As investigações foram iniciadas há dois anos, a partir da divulgação de um vídeo nas redes sociais em que Carlos Antônio de Souza confessava a prática de delitos ocorridos na Docas. O material foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e à PF. O inquérito foi iniciado em novembro de 2017.


No vídeo, o ex-assessor, flagrado por Ulisses Stonaga de Moraes, cita a MC3 como fonte de desvio de recursos da Codesp. Paladino foi citado na gravação, assim como Lofrano, apontado como quem autorizou a licitação que resultou na contratação da firma sem tê-lo submetido à deliberação do Conselho de Administração (Consad) da Docas.


Exonerações


No dia das prisões, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, exonerou o diretor-presidente e o diretor de Relações com Mercado e Comunidade da Codesp.


O assessor especial do ministério,Luiz Fernando Garcia, foi nomeado como diretor-presidente em substituição a José Alex Oliva. No lugar de Clevelandassume o então presidente do Consad, José Alfredo de Albuquerque e Silva.


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