Guarujá prevê destinar área ao Porto

Famílias que vivem no Parque Prainha, em Vicente de Carvalho, serão removidas e local deverá ser dedicado à expansão portuária

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  21/09/20  -  00:07
Seminário de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro acontece nesta terça
Seminário de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro acontece nesta terça   Foto: Carlos Nogueira/AT

Até o final do ano, cerca de 500 das 1,2 mil famílias que vivem no Parque Prainha, na Margem Esquerda do Porto, em Guarujá, deverão ser removidas. A ideia é que, após todas as remoções, a área seja destinada à expansão portuária. Além disso, a Prefeitura prevê o desenvolvimento de atividades retroportuárias às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.


Assine A Tribuna agora mesmo por R$ 1,90 e ganhe Globoplay grátis e dezenas de descontos!


A informação é do diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico de Guarujá, Jairo de Almeida Lima Neto. Segundo ele, 150 famílias já receberam as chaves dos apartamentos do Parque da Montanha.


No total, o empreendimento possui 574 unidades e deverá beneficiar 1.962 famílias, que vivem na Prainha e no Sítio Conceiçãozinha, em Vicente de Carvalho. O conjunto habitacional, localizado no final da Avenida Prefeito Raphael Vitiello, na região da Vila Edna, teve sua produção habitacional retomada em 2018, depois de ela ficar mais de uma década paralisada.


“Essa área da Prainha, ao lado da Santos Brasil, é importante para a expansão da área portuária, além da necessidade de remoção das famílias. É uma possibilidade de gerar renda, emprego e oportunidade para essas famílias”, afirma Lima Neto.


Segundo o executivo, a Prefeitura e a Autoridade Portuária de Santos (novo nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo, a Codesp) estão em tratativas para que a área seja destinada à operação portuária. De acordo com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos, o terreno terá como foco a movimentação e armazenagem de contêineres e carga geral.


Retroporto


O diretor de Desenvolvimento Portuário e Logístico da Prefeitura de Guarujá também aposta na expansão das atividades retroportuárias na Cidade. Segundo ele, a ideia é utilizar áreas privadas que somam 4,5 milhões de metros quadrados e já foram qualificadas como de utilidade para fins de expansão retroporto.


Elas margeiam a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, no sentido Guarujá-São Paulo. Nas proximidades, há diversas empresas portuárias. Por isso, o plano prevê a implantação de pátios de caminhões, de posto de gasolina, de empresas, de galpões e oficinas.


“São áreas consideradas estratégicas. Por serem privadas, podemos fazer uma intermediação para tentar facilitar. Existe interesse de um consórcio em desenvolver um projeto, mas depende da aprovação dos donos. Eles já se conhecem e estavam nas tratativas desde antes da pandemia”, conclui.


Logo A Tribuna
Newsletter