Exportações de café aumentam 30%; Porto de Santos é responsável por 80%

Dados fazem parte do levantamento mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé)

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  12/04/19  -  22:39
Complexo marítimo santista carregou 7,9 milhões de sacas de café nos primeiros três meses do ano
Complexo marítimo santista carregou 7,9 milhões de sacas de café nos primeiros três meses do ano   Foto: Alberto Marques

O Brasil exportou 30,9 milhões de sacas de café de julho de 2018 a março deste ano. O volume é 30,3% maior do que o embarcado no primeiro trimestre de 2018, quando 23,7 milhões de sacas foram escoadas. Durante os nove meses, o Porto de Santos foi responsável pelo carregamento de 7,9 milhões de sacas do produto, 79,8% dos embarques brasileiros.


Os dados fazem parte do levantamento mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No primeiro trimestre, 28.304 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram utilizados para embarcar o produto. Já no mesmo período do ano passado, 22.212 TEU seguiram para outros países carregados com a carga.


Além do cais santista, outros complexos portuários escoaram a commodity, mas em menor escala. É o caso dos portos do Rio de Janeiro, que foram responsáveis pelo embarque de 1,2 milhão de sacas de café. O volume representa 12,5% do total escoado pelo país.


Na terceira posição no ranking de portos exportadores de café, aparece o Porto de Vitória (ES), responsável por escoar 433.132 sacas, 4,3% do total. Em seguida, o Porto de Paranaguá (PR) embarcou 203.790 sacas, 2% do produto vendido ao mercado internacional.


“Os resultados das exportações de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance, mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril e maio no Espírito Santo, na Bahia e em Rondônia e a colheita do café arábica, em maio e junho nos demais estados e suas devidas regiões. É importante destacar que o país registrou volumes recordes de exportação nos meses de janeiro a fevereiro”, destacou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.


Entre os dez principais destinos de café brasileiro no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar, com a importação de 1,8 milhão de sacas, 18,2% do total embarcado. A Alemanha ficou em segundo, com 1,7 milhão de sacas compradas (17,2%) e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas adquiridas (10,5%).


Os demais destinos foram, nesta ordem: Japão, com 760 mil sacas importadas (7,6%); Bélgica, com 544 mil sacas (5,5%); Turquia, com 339 mil sacas (3,4%); Reino Unido, com 317 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 260 mil sacas (2,6%); França, com 237 mil sacas (2,4%); e Canadá, com 215 mil sacas (2,2%).


Qualidade


Com relação às variedades embarcadas, o café arábica correspondeu a 83,3% do volume total das exportações, equivalente a 2,4 milhões de sacas.


O café solúvel representou 10,9% das exportações, com 323 mil sacas exportadas, enquanto que o conilon (robusta) atingiu a participação de 5,8%, com o embarque de 173 mil sacas, crescimento de 125,7% em relação a março de 2018.


Em relação aos cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), de janeiro a março, o Brasil embarcou 1,8 milhão de sacas, uma participação de 18,8% do volume total do café embarcado no período. A receita, neste caso, foi de US$ 312 milhões, representando 23,9% na participação do valor total da exportação.


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