Embaixador da Bélgica visita o Porto e conhece ferramentas de combate ao tráfico de drogas

Novas parcerias e trocas comerciais também foram debatidas por membros da delegação belga no cais santista

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  13/02/20  -  22:07
Embaixador Patrick Herman (ao centro) foi recebido diretor da Codesp, Fernando Biral (à esq.)
Embaixador Patrick Herman (ao centro) foi recebido diretor da Codesp, Fernando Biral (à esq.)   Foto: Carlos Nogueira/AT

Os esforços para evitar o tráfico de drogas entre o Porto de Santos e os complexos portuários da Bélgica, o estabelecimento de parcerias e trocas comerciais, principalmente no momento em que se estuda a desestatização do cais santista. Estes foram alguns dos temas tratados durante a visita de uma delegação belga à cidade, nesta quinta-feira (13). O embaixador do país europeu no Brasil, Patrick Herman, liderou a comitiva. 


A delegação visitou a sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária. O grupo seguiu para a Alfândega do Porto de Santos. Lá, foram recebidos pelo inspetor-chefe, Cleiton Alves dos Santos João Simões. 


Os belgas conheceram as instalações da Central de Operações e Vigilância (COV) da Alfândega e os procedimentos de escaneamento de cargas. No local, é possível acompanhar as imagens produzidas por quase três mil câmeras espalhadas pelos terminais do Porto de Santos.


Entre os equipamentos, Simões destacou as câmeras térmicas, que permitem obter imagens em locais totalmente escuros. Também foram apresentadas câmeras instaladas em pontos estratégicos, que transmitem, por exemplo, imagens das laterais dos navios, o que dificulta a aproximação de pequenas embarcações.


Os esforços da autoridade aduaneira brasileira se concentram na verificação de mercadorias para evitar o tráfico internacional de drogas. No ano passado, foram apreendidas 27 toneladas de entorpecentes escondidos em cargas que tinham como destino, principalmente, os portos europeus. 


Neste ano, outras 2,9 toneladas foram interceptadas no cais santista. Antuérpia, na Bélgica, é uma das portas de entrada da droga que deixa o Porto de Santos.


“O tráfico é um problema, a menor parte da relação que é gigante. Mas devemos, ao mesmo tempo, estar certos de que são apenas bens irão daqui até a Bélgica”, destacou o embaixador. 


Troca de informações


“A reunião foi importante a fim de aproximar as duas Aduanas, possibilitando maior troca de informações entre as Alfândegas do Brasil e da Bélgica”, destacou o inspetor-chefe da Alfândega do Porto de Santos.


Simões destacou, ainda, que sucesso da COV gerou um novo projeto: o Centro de Conferência Remota (Confere). Nele, computadores recebem imagens de quase 500 câmeras que fazem a conferência remota de qualquer carga depositada.


A delegação também conheceu o Museu de Produtos Contrafeitos localizado no 2º andar do edifício-sede da Alfândega do cais santista. 


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