Em reunião na Alesp, representantes da Cetesb garantem segurança da cava subaquática

A pedido do deputado estadual Paulo Corrêa Jr (Patriota), diretor de avaliação e assistente executivo da Companhia reiteraram que cava não traz riscos à população

Por: De A Tribuna On-line  -  28/02/19  -  10:06
Assembleia Legislativa recebeu representantes da Cetesb para esclarecimentos sobre cava subaquática
Assembleia Legislativa recebeu representantes da Cetesb para esclarecimentos sobre cava subaquática

Representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estiveram em reunião na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) com a intuição de prestar esclarecimentos a respeito da cava subaquática construída pelo Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), instalação da operadora logística VLI no Porto de Santos. O encontro foi um pedido junto à Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais, presidida pelo deputado estadual Paulo Corrêa Jr (Patriota), aprovado na comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.


Durante o encontro, o diretor de avaliação da Companhia, Domenico Tremaroli, e o assistente executivo, José Eduardo Bevilacqua, garantiram que a cava não apresenta risco a população. Os representantes defenderam a instalação da cava, relatando que o material deve ficar confinado e não pode ter contato direto com o oceano, devido ao seu nível de contaminação.


Enquanto isso, representantes da VLI e da Usiminas, garantiram que não há projeto em vista para instalações de novas cavas na região. Também durante o encontro, movimentos de oposição relataram preocupação em relação a fauna e a flora local.


"O encontro foi de extrema importância para darmos andamentos nas tratativas em relação ao assunto da Cava Subaquática. Ouvimos os esclarecimentos trazidos pela Cetesb, VLI, Usiminas e também já ouvimos os movimentos que fazem contraponto ao projeto. Acredito que viabilizar esse diálogo é a melhor maneira para chegar em uma solução", analisou Corrêa Jr. O parlamentar também disse que mais dados e informações foram pedidos à Cetesb e que em breve novas reuniões sobre o assunto serão agendadas.


O deputado estadual eleito, Tenente Coimbra (PSL), também acompanhou a reunião. “O objetivo dessa audiência foi um embate técnico da viabilidade e os impactos dessa cava. Precisamos esclarecer para toda população se realmente existem riscos ambientais”, ponderou o parlamentar.


Corrêa disse que novos encontros sobre a cava serão agendados daqui para frente
Corrêa disse que novos encontros sobre a cava serão agendados daqui para frente   Foto: Divulgação

Histórico


A cava subaquática foi construída para a deposição de material dragado do Canal de Piaçaguera. Nesta região, os sedimentos são altamente contaminados por conta de anos de atividade industrial no Polo de Cubatão. Os riscos de uma eventual contaminação voltaram a ser discutidos, após o rompimento da Barragem de Brumadinho (MG), no mês passado. 


A VLI, empresa responsável pelo empreendimento, garante sua segurança. Por outro lado, ambientalistas apontam a insegurança da deposição de material tóxico em cavas e o risco de poluição, além de uma ameaça à pesca artesanal.


A Cetesb, por sua vez, afirma que não há motivos para pânico, porque o processo de aprovação do licenciamento da cava envolveu análises técnicas e foi feito com base na legislação vigente e nas melhores práticas adotadas mundo afora.


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