Docas estuda plano de desligamento para aposentados na ativa

Companhia Docas tem quase 400 funcionários nesta situação

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  01/03/19  -  13:25
Cirino e Tércio debateram crise do Portus no Fórum Porto & Mar
Cirino e Tércio debateram crise do Portus no Fórum Porto & Mar   Foto: Carlos Nogueira/AT

Os quase 400 funcionários aposentados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) devem ser beneficiados pelo Plano de Desligamento Voluntário (PDV) que está sendo avaliado pela diretoria-executiva da Autoridade Portuária. O plano faz parte do processo de modernização da gestão da empresa.


A informação é do novo diretor-presidente da Docas, Casemiro Tércio Carvalho. Segundo o executivo, já foi iniciado um levantamento do total de funcionários que podem aderir ao plano.


Hoje, a Docas conta com 1.336trabalhadores em seu quadro. Destes, 389 estão aposentados, mas continuam na ativa, à espera de um incentivo para deixar a empresa.


“Não é justo uma pessoa querer brincar com seu neto e você obrigá-la a ficar na Companhia”, destacou o diretor-presidente da Autoridade Portuária.


O executivo ainda apontou a necessidade de renovação do quadro da empresa. “É o natural de uma corporação. Senão, a molecada que está entrando no mercado de trabalho nunca vai entrar em uma posição de liderança. A ideia é oxigenar sim, mas de forma correta. A equipe de Recursos Humanos já vai estudar um primeiro PDV e isso, obviamente, será feito por fases. Mas é preciso ter caixa para pagar”, afirmou Carvalho.


Economia


Otimizar contratos de prestação de serviços e reduzir os custos da empresa serão duas prioridades da nova gestão da Autoridade Portuária. Estas iniciativas poderão gerar fluxo de caixa que podem ser revertidos em novos investimentos.


Para isso, a Docas pretende contratar profissionais de mercado especializados neste tipo de negociação. Entre eles, está o futuro diretor de Administração e Finanças, Fernando Biral.


Está nos planos do novo presidente da Docas a redução de contas de telefone e o corte de celulares corporativos de alguns funcionários. A criação de ambientes compartilhados também é uma forma de reduzir custos, segundo Carvalho.


Um exemplo disso é o grande gabinete que será compartilhado pela diretoria-executiva da empresa, uma espécie de sala de situação. Segundo Carvalho, antes, havia uma impressora para cada diretor. Agora, todos compartilham a mesma.


Reduzir pela metade os carros oficiais utilizados pela diretoria também é outra medida de economia. Hoje, há seis veículos blindados com dois motoristas para cada executivo. Agora, o plano é de que eles sejam utilizados apenas para o trajeto até reuniões ou compromissos oficiais.


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