A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) resolveu apenas afastar temporariamente os funcionários investigados pela Operação Círculo Vicioso, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira. Nessa situação, eles continuam recebendo os salários.
A operação investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo ex-diretores e funcionários de carreira da Codesp, além de empresários e políticos. Segundo as autoridades, houve fraudes em, ao menos, dois contratos de prestação de serviços: um de controle de acesso ao cais e outro para o monitoramento do Porto através de drones.
Na quinta-feira, os funcionários suspeitos foram presos temporariamente, o que levou a Docas a suspender seus contratos de trabalho e pagamentos de salários. Mas com a libertação deles pela Justiça, na sexta-feira, a empresa optou por afastá-los dos cargos, sem prejuízo da remuneração.
Em nota, a Codesp explica que a “referida medida visa preservar os processos administrativos disciplinares instaurados na Companhia visando apurar a conduta de empregados envolvidos nos contratos citados na Operação Círculo Vicioso”.
De acordo com a Autoridade Portuária, após a conclusão das apurações, se for constatada transgressão ao contrato de trabalho, “é cabível a aplicação de punições de acordo com a CLT, inclusive a rescisão por justa causa”.