Com cruzes nas mãos, trabalhadores do Porto de Santos protestam por antecipação de vacinas

Categoria, que não parou desde o início da pandemia, aponta que mais de 20 estivadores já morreram

Por: Da Redação  -  06/04/21  -  11:38
Com cruzes nas mãos, trabalhadores do Porto de Santos protestam por antecipação de vacinas
Com cruzes nas mãos, trabalhadores do Porto de Santos protestam por antecipação de vacinas   Foto: Carlos Nogueira/AT

Trabalhadores portuários avulsos protestaram, nesta manhã, na porta da Prefeitura de Santos, por doses de vacina. A categoria, que não parou desde o início da pandemia de covid-19, aponta que mais de 20 trabalhadores já morreram em decorrência da doença.


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Este é o segundo protesto realizado pelos portuários nesta semana. O primeiro aconteceu na segunda-feira (6) na sede da Autoridade Portuária de Santos (APS).


Segundo o estivador Armando Barreto Soares, o movimento foi organizado pelos próprios trabalhadores, sem a intervenção dos sindicatos. “Somos nós que sofremos para sair de casa, que não sabemos se vamos voltar com doença para os nossos familiares”.


O trabalhador também aponta que os portuários não deixaram de trabalhar durante a pandemia e que houve uma promessa de prioridade na vacinação. Porém, além de idosos e profissionais da saúde, profissionais da segurança pública também já estão sendo imunizados.


“Não tem uma previsão de quando nós vamos ter vacina. A nossa ideia é ter um movimento unificado no Brasil porque precisamos ter uma posição do governo, que fez questão que a gente não parasse”, afirmou o estivador.


Soares ainda aponta a falta de álcool nos locais de trabalho, como nas escadas que dão acesso às embarcações. “Subimos e passamos a mão onde os tripulantes também passam. Outros segmentos já foram vacinados e nós, na linha de frente, recebendo tripulações do mundo inteiro, alimentos e medicamentos, não sabemos qual será a nossa vez”, destacou.


Em nota, a Prefeitura de Santos informou que segue o Plano Estadual de Imunização contra a covid-19. "Tanto o envio das doses como a determinação dos respectivos públicos-alvo a serem vacinados são responsabilidades do Governo do Estado".


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