Bacia de Santos terá mais uma plataforma

Extração será feita pela plataforma tipo FPSO P-68, que está no estaleiro Jurong, em Aracruz (ES). Investimento é de US$ 2,6 bilhões

Por: Marcelo Santos & Da Redação &  -  06/09/19  -  02:04
Casco da P-68, antes de ser finalizado: investimento de US$ 2,6 bi
Casco da P-68, antes de ser finalizado: investimento de US$ 2,6 bi   Foto: Augusto César Bernardo/Agência Petrobras

A produção de petróleo e gás natural dos campos de Berbigão e Sururu, na Bacia de Santos, será inaugurada até o fim do ano, segundo o gerente de Suporte Operacional da Petrobras da unidade do Valongo, Márcio Naumann.


A extração será feita pela plataforma tipo FPSO (sigla em inglês para embarcação que extrai, armazena e transporta) P-68, que está no estaleiro Jurong, em Aracruz (ES). O investimento é de US$ 2,6 bilhões (R$ 10,66 bilhões), segundo a petrolífera informou ao Estadão Conteúdo. 


Na terça-feira, Naumann apresentou os cenários de produção na Bacia de Santos em palestra na Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (Aeas). 


Segundo ele, a participação do pré-sal, principalmente da Bacia de Santos (a camada avança até Campos), na produção nacional aumenta rapidamente.


A P-68 produzirá até 150 mil barris por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás a 2,2 mil metros de profundidade. Essa capacidade equivale a quase um décimo do que hoje é extraído em Santos. 


O último boletim da Agência Nacional de Petróleo (ANP), de 31 de agosto, diz que a produção nacional (inclui todas as petrolíferas) atingiu 3,556 milhões de barris equivalentes de petróleo por dia (boe, petróleo mais gás calculados em barris). Desconsiderando-se o gás, foram 2,775 milhões de barris de petróleo.


Entretanto, Naumann afirmou que apenas o campo de Lula, o maior de Santos e hoje também do Brasil, atingiu recorde de 1,1 milhão boe por dia.


Lula, sozinho, já conta com nove plataformas em operação, enquanto o campo de Sapinhoá possui outras duas. Há ainda quatro unidades em Búzios e uma em Mero. 


A produção do pré-sal (Santos mais Campos), diz a ANP, atingiu 61,4% do total nacional. 


Devido ao pré-sal, Santos superou Campos, com 2,109 milhões boe/d contra 1,133 milhões boe/d. Explorada desde os anos 1970, Campos está em queda. Naumann diz que uma das metas da companhia é recuperar a produtividade dessa bacia.


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