Autoridade Portuária planeja retomar obras de acessos nas duas margens

Segunda fase da Perimetral de Guarujá é preparada e trabalhos no trecho Macuco-Ponta da Praia serão concluídos

Por: Da Redação  -  20/12/20  -  17:40
O terminal é um empreendimento planejado pela Compass, empresa criada pelo Grupo Cosan
O terminal é um empreendimento planejado pela Compass, empresa criada pelo Grupo Cosan   Foto: Foros: Carlos Nogueira

A implantação de novos terminais, iniciativas culturais e obras de infraestrutura aguardadas há anos, como a abertura de pátios para caminhões e a construção da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda, em Guarujá. Segundo a Autoridade Portuária de Santos, importantes investimentos, de aproximadamente R$ 180 milhões, devem começar a virar realidade no ano que vem. Com isso, as expectativas também são boas para a geração de empregos na região.


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Uma reivindicação antiga de Guarujá é a implantação da segunda fase da Avenida Perimetral na cidade. E, segundo a Autoridade Portuária, ela está perto de ser atendida.


Isto porque, atualmente, a estatal negocia a desapropriação de áreas que serão utilizadas na construção do empreendimento, que prevê um viaduto estaiado. Em paralelo, está sendo elaborado o projeto-executivo da via.


O empreendimento ligará a Rodovia Cônego Domênico Rangoni ao Porto. E tem como objetivo melhorar tanto o tráfego portuário quanto o urbano.


Serão cerca de 30 mil metros quadrados de construção, englobando a própria avenida, viadutos sobre a rodovia e Avenida Santos Dumont, e acessibilidades, como calçadas e passarela para pedestres e ciclovia. O plano para viabilização do início das obras conta com projeto básico, que deverá ser revisado. 


No próximo ano também está prevista a conclusão das intervenções na Avenida Perimetral da Margem Direita, no trecho entre o Macuco e a Ponta da Praia. Elas são realizadas pela Portofer, através de um termo de cooperação firmado com a Autoridade Portuária. 


Estão contempladas a revitalização da Avenida Governador Mário Covas Júnior, a implantação de viadutos à frente das instalações da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e dos terminais de celulose, além da remodelação do viário interno da área portuária e a conclusão do pátio ferroviário. A contratação das obras está prevista para o primeiro semestre e sua execução para o segundo semestre. 


No cais


Durante o próximo ano, na Ilha Barnabé, na Margem Esquerda, serão feitas diversas intervenções. Entre elas, estão a recuperação estrutural do cais e dolfins, a contenção de talude, a instalação de passarelas metálicas e a construção de um dolfim de amarração. No total, serão investidos R$ 24,8 milhões da Autoridade Portuária, mas a recuperação do dolfim foi doada por um grupo de empresas usuárias. 


Dentro das ações previstas pela Autoridade Portuária também há planos para melhorar a imagem do Porto de Santos com a comunidade. Em alguns casos, a estatal que administra o cais santista planeja abrir chamadas públicas para reunir os interessados em desenvolver projetos. 


Um deles é o da revitalização de armazéns abandonados do Valongo, onde deve ser construído um novo terminal de passageiros. Além de melhorar a infraestrutura para o atendimento de turistas, a proposta prevê levá-los ao Centro Histórico, local que poderá contar com ainda mais restaurantes, bares e museus. 


Neste caso, a Autoridade Portuária destaca a necessidade de cooperação da Prefeitura de Santos “para que se preserve o patrimônio histórico, mas que não inviabilize o projeto de revitalização do terminal de passageiros”, afirmou Biral. 


Há, ainda, outro projeto, que é o túnel entre Santos e Guarujá. A Autoridade Portuária pretende publicar até o fim do mês que vem um chamamento público. O objetivo é receber a doação de estudos para a construção do empreendimento. 


Neste caso, as autoridades ainda avaliam a viabilidade de inclusão da obra no projeto de desestatização do cais santista.


Habitação e expansão


Resolver problemas de moradia e garantir áreas para a operação portuária. Este é o objetivo da parceria da Autoridade Portuária com a Prefeitura de Guarujá para a remoção de 1.500 famílias que vivem na Prainha, em Vicente de Carvalho. A previsão é de que elas sejam removidas para o Parque da Montanha e a área seja utilizada para expansão portuária, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos.


De acordo com o diretor-presidente da Autoridade Portuária, Fernando Biral, a estatal irá investir cerca de R$ 5 milhões para reformar o navio de pesquisas oceanográficas Professor W. Besnard. O plano prevê torná-lo navegável e seguro para depois entregá-lo ao Governo do Estado, através do Museu de Pesca. A ideia é a implantação de um museu no Porto de Santos.


Ainda é preciso avaliar qual será o melhor local de atracação da embarcação, que está se deteriorando há nos no cais santista.


Com essas ações, a Autoridade Portuária prevê o fortalecimento da relação Porto-Cidade, “São iniciativas que atendem diretamente ao bem estar da população e respondem a necessidades como a integração entre as áreas portuárias e urbanas, abertura de oportunidades de desenvolvimento cultural e revitalização de bens degradados, dando a eles a condição para atender suas vocações históricas e econômicas”. 


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