Após seis dias encalhado, meganavio flutua e Canal de Suez é liberado

Prejuízo diário é de US$ 9,6 bilhões, além de centenas de embarcações paradas em fila

Por: Fernanda Balbino & Com informações do Estadão Conteúdo &  -  29/03/21  -  16:51
Atualizado em 29/03/21 - 16:58
Via marítima foi liberada ao tráfego após navio desencalhar do Canal de Suez
Via marítima foi liberada ao tráfego após navio desencalhar do Canal de Suez   Foto: AP/Estadão Conteúdo

Os trabalhos para desencalhar o meganavio Ever Given, atravessado no Canal de Suez desde terça-feira (23), foram bem-sucedidos. O navio foi retirado do banco de areia e desobstruiu a passagem do canal, após intensos trabalhos com equipamentos de dragagem, rebocadores e com ajuda da maré alta. De acordo com a Autoridade do Canal de Suez, a via marítima foi aberta ao tráfego.


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O navio deverá passar por inspeções. Para isso, os rebocadores vão puxar a embarcação em direção a um lago, no meio da hidrovia. A ideia é avaliar se houve alguma falha mecânica e as possíveis causas do acidente. Não há detalhes de quando o cargueiro será liberado.


Dados de satélite do MarineTraffic.com mostraram que a proa do navio, antes alojada nas profundezas da margem do canal, foi parcialmente tirada da costa. A popa do navio girou e agora está no meio da hidrovia, mostraram os dados de rastreamento. No entanto, segundo técnicos, ainda é preciso cautela.


Espera e perdas


Os navios carregados à espera do desbloqueio transportam desde carros, petróleo iraniano para a Síria, 130 mil ovelhas e laptops. Eles abastecem grande parte do globo enquanto percorrem o caminho mais rápido da Ásia e Oriente Médio para a Europa e a Costa Leste dos Estados Unidos.


Alguns navios decidiram não esperar, dando meia-volta para fazer o caminho mais longo ao redor do extremo sul da África, pelo Cabo da Boa Esperança, em uma viagem que pode adicionar pelo menos duas semanas ao trajeto e custar mais de US$ 26 mil por dia em combustível.


Especialistas apontam que o acidente terá graves consequências, como o aumento dos custos de frete em todo mundo, além de atrasos na chegadas e partidas de outros navios, como um efeito cascata.


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