A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta quarta-feira (3), o navio Log-In Jatobá, que estava retido no Porto de Santos desde o dia 12 do mês passado. No total, foram registrados 15 casos de Covid-19 na embarcação, que tinha 21 tripulantes a bordo. Agora, o órgão impediu operações do navio Essayra no cais santista.
O período de quarentena do porta-contêineres da Log-In superou os 14 dias previstos porque parte da tripulação voltou a ter resultado positivo para Covid-19 em testes rápidos aplicados a bordo no último dia 27. Após uma avaliação médica, a Anvisa autorizou o navio a operar.
Já o cargueiro Essayra está impedido de operar momentaneamente. A Anvisa aguarda os resultados laboratoriais de todos os 21 tripulantes a bordo, já que a embarcação apresentou suspeitas de Covid-19.
Em nota, a Log-In Logística Intermodal destacou que a embarcação seguiu viagem para cumprir os compromissos firmados com clientes. A armadora afirmou, ainda, que tomou algumas medidas tanto para preservar a saúde de seus colaboradores, como também para garantir a entrega das cargas no menor tempo possível.
Segundo a empresa, três tripulantes não seguirão viagem e já foram substituídos. “Embora, bem de saúde e não apresentando nenhum sintoma, de acordo com os últimos testes do tipo PCR realizados pela Anvisa no final da semana passada, esses colaboradores ainda apresentavam sinais ativos covid-19. Levando em consideração que a doença reage diferente em cada um dos organizamos, segundo médicos, essa situação não pode ser considerada atípica e faz parte do curso natural da doença”.
Repatriação
Nesta quinta (4) e sexta-feira (5), novos desembarques de tripulantes para o retorno aos seus países de origem estão previstos. Primeiro, serão desembarcados 203 tripulantes de nacionalidade indiana dos navios MSC Música, MSC Poesia e MSC Seaview.
Já na sexta-feira sairão mais 217 tripulantes, também indianos, destes mesmos três navios. Segundo a Anvisa, a repatriação é uma decisão da empresa que pode optar por manter os tripulantes a bordo das embarcações ou enviá-los de volta para seus países de origem.
A decisão passa por aspectos específicos como a própria manutenção da embarcação e o planejamento operacional de cada companhia.