Abiquim quer reduzir impacto de reforma

Os impactos das obras que serão realizadas no cais da Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do Porto de Santos, causam preocupação para a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim)

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  04/10/20  -  00:18
Reparo estrutural em berços da Ilha Barnabé deve durar 16 meses, mas prazo pode ser reduzido
Reparo estrutural em berços da Ilha Barnabé deve durar 16 meses, mas prazo pode ser reduzido   Foto: Carlos Nogueira

Os impactos das obras que serão realizadas a partir do próximo dia 19, no cais da Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do Porto de Santos, na Área Continental da Cidade, viraram motivo de preocupação para a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Para resolver a questão, a entidade se reuniu com a Autoridade Portuária de Santos na quinta-feira, e apontou a necessidade de definir de uma solução que não cause grandes alterações na rotina de escoamento de cargas no local. 


A obra visa a recuperação estrutural do cais e dolfins existentes, a contenção de talude, a instalação de passarelas metálicas e a construção de um dolfim de amarração. Os trabalhos serão realizados, de forma alternada, em dois berços, o São Paulo e o Bocaina, que atendem aos terminais da Ageo e da Adonai. 


Primeiro, a interdição será no São Paulo e, após conclusão da manutenção e liberação para operações, será realizada no Bocaina. Assim, no tempo em que as intervenções durarem, como ainda há um terceiro berço no local, haverá sempre dois pontos de atracação operando.


A região concentra 35% da movimentação de granéis líquidos do Porto de Santos. Segundo a Autoridade Portuária, o impacto na redução de capacidade do cais da Ilha Barnabé por conta das intervenções é estimado entre 15% e 20%.


“A indústria química entende a urgência e está determinada a trabalhar conjuntamente com a Autoridade Portuária e a ABTL (Associação Brasileira de Terminais de Líquidos) em uma solução que não cause grandes alterações na rotina de escoamento da carga de produtos químicos. A reunião ocorrida nessa quinta teve como principal resultado a possibilidade de construirmos alternativas que minimizem ainda mais o impacto da obra durante sua execução”, destacou o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino.


Para o presidente-executivo da ABTL, Carlos Kopittke, a obra é necessária, já que os berços públicos para atracação na Ilha Barnabé estão há anos sem manutenção adequada. “O importante agora é focar nos esforços conjuntos de todos os setores envolvidos, para que os atrasos usuais de uma obra dessa natureza possam ser mitigados o máximo possível”.


Trabalhos


O contrato de engenharia tem prazo de 18 meses, mas as obras devem ser realizadas em no máximo 16 meses, sendo 8 meses em cada berço de atracação. O custo será de R$ 24,8 milhões, a serem pagos com recursos da estatal. Os trabalhos estão a cargo da Ster Engenharia Ltda.


A estimativa da Autoridade Portuária, contudo, é de que, com a curva de aprendizado no primeiro berço, além de medidas para aumentar a produtividade, seja possível encurtar o prazo no Bocaina.


“É mais uma das obras que se iniciaram há quase uma década e não tiveram conclusão, tendo sido retomada por esta gestão para eliminar um gargalo logístico no Porto”, afirmou o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Fernando Biral.


Reunião


“A reunião ocorrida nessa quinta teve como principal resultado a possibilidade de construirmos alternativas que minimizem ainda mais o impacto da obra (no cais da Ilha Barnabé) durante sua execução” - Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim.


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