Witzel se diz vítima de perseguição política e chama delação de 'mentirosa'

Governador do Rio de Janeiro foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal de Justiça

Por: Do Estadão Conteúdo  -  28/08/20  -  18:38
Witzel disse ter convidado o ministro Sérgio Moro a recorrer com ele à ONU contra os três países
Witzel disse ter convidado o ministro Sérgio Moro a recorrer com ele à ONU contra os três países   Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Dizendo-se "indignado" e "vítima de perseguição política", o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou na manhã desta sexta-feira, 28, que vai recorrer para permanecer no cargo. Ele acusou a Procuradoria da República de perseguição e disse que vai seguir morando no Palácio Laranjeiras. "Não fui despejado", disse.

Witzel fez um pronunciamento de mais de 20 minutos. Acusou a procuradora Lindora Araújo, responsável por sua denúncia, de perseguição e ligação com a família do presidente Jair Bolsonaro, de quem se tornou desafeto. "Uma procuradora cuja imprensa já denunciou um relacionamento próximo com a família Bolsonaro. Bolsonaro que já declarou que quer o Rio de Janeiro, já me acusou de perseguir a família dele", disse Witzel.

O governador afastado chamou a busca e apreensão promovida pela Polícia Federal em sua residência oficial de "busca e decepção". "Não encontrou um real, uma joia. Foi mais um circo. Lamentavelmente, a decisão do excelentíssimo senhor ministro Benedito, induzido pela procuradoria da República, na pessoa da doutora Lindora, que está se especializando em perseguir governadores, desestabilizar os Estados da Federação, com investigações rasas, buscas e apreensões preocupantes", disparou Witzel.

Ele ainda chamou o ex-secretário de Saúde do Estado Edmar Santos - que chegou a ser preso e, em delação premiada, acusou Witzel de ter ligação com desvios - de "canalha" e "vagabundo". De acordo com Witzel, a delação de Edmar Santos é "mentirosa".


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