Venezuela rejeita o ultimato de europeus de organizar novas eleições

Reunião da ONU debateu crise no País

Por: Da AFP  -  27/01/19  -  23:06
A sessão da ONU foi convocada pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo
A sessão da ONU foi convocada pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo   Foto: Johannes Eisele/AFP

A Venezuela rechaçou, no sábado (26), durante sessão na ONU, convocada pelos Estados Unidos, o ultimato dado por vários países europeus para organizar eleições em até oito dias. Caso contrário, afirmam que reconhecerão o opositor Juan Guaidó como presidente interino.


O chanceler venezuelano Jorge Arreaza disse entender que haja “governos satélites” que se dobram à decisão americana de declarar ilegítimo o presidente Nicolás Maduro.


Mas a Europa? Seguindo os Estados Unidos? Nem tanto os E, mas o governo de Donald Trump? A Europa? Nos dando oito dias de quê? De onde vocês tiram que têm algum poder para dar prazos ou ultimatos a um povo soberano? De onde tiram que tão ação intervencionista e, diria eu, até infantil?”, indagou o chanceler Jorge Arreaza, na sessão especial do Conselho de Segurança da Venezuela.


“Ninguém vai nos dar prazos, nem vão nos dizer se fazem eleições, ou não”.No discurso, ele agitou diversas vezes a Carta das Nações Unidas em uma mão e uma edição em miniatura da Constituição bolivariana na outra. "Dediquem-se aos seus assuntos, respeitem a autodeterminação dos povos”, pediu.


O chanceler afirmou que há meses os EUA planejam um golpe de Estado “descarado” na Venezuela, embora tenha reiterado a vontade do governo de Nicolás Maduro de dialogar com Washington. “As forças armadas nacionais bolivarianas defendem com sua vida esta Constituição”, garantiu. Os americanos “não conseguiram convencer nossos militares a derrubar o presidente Maduro. Nem conseguirão”.

Ultimato

O primeiro ministro da Espanha, Pedro Sanchez, o presidente da França, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o secretário de Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, sinalizaram que podem reconhecer o líder da oposição Juan Gaidó como presidente interino do país, se não forem convocadas novas eleições nos próximos oito dias. Vários países americanos já reconheceram Guaidó como presidente, incluindo Brasil e EUA, enquanto Rússia e China reiteraram apoio ao presidente venezuelano.


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