Temer e Moreira Franco ficarão detidos em unidade prisional da PM

Determinação é do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, atendendo pedido da Força Tarefa da Operação Lava Jato

Por: Da Agência Brasil  -  21/03/19  -  19:03
  Foto: Arquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, presos nesta quinta-feira (21) em um desdobramento da Operação Lava Jato, ficarão detidos em uma cela especial da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.


A determinação é do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, atendendo pedido da Força Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal. Os procuradores alegaram que, por ser ex-presidente da República, Michel Temer tem direito a tratamento especial, assim como Moreira Franco, que foi ministro até dezembro de 2018.


O coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho também terá direito a cela especial no Estado Maior da PM, em Niterói. Segundo o MPF, o coronel, amigo pessoal de Temer, é o operador do esquema de corrupção chefiado pelo ex-presidente.


Michel Temer foi preso em casa, em São Paulo, e Moreira Franco, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Ambos devem passar por exame de corpo delito antes de serem levados para a unidade prisional. A prisão do coronel Lima e de sua esposa, Maria Rita Fratezi, não foi confirmada.


Acusação


O ex-presidente e o ex-ministro são acusados de receber cerca de R$ 1 milhão em propina em meio a obras relacionadas à Usina de Angra Três, por meio de empresas de fachada, e lavagem de dinheiro. A pedido da Força Tarefa da Lava Jato, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva de mais sete pessoas.


Na unidade da PM em Niterói, já está o ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão. Ele tem direito a cela especial por ter sido preso no exercício do cargo. Pezão é acusado de receber propina e corromper agentes públicos com pagamentos ilegais, que movimentaram cerca de R$ 40 milhões entre 2007 e 2015. O governador nega as acusações.


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