Oposição de Nicolás Maduro pedirá apoio a militares

Mobilização acontece nesta quarta-feira (30)

Por: France Presse  -  30/01/19  -  21:12
Guaidó apelou ao poder judiciário: “Vocês não têm que se sacrificar com o usurpador e seu bando!
Guaidó apelou ao poder judiciário: “Vocês não têm que se sacrificar com o usurpador e seu bando!"   Foto: Yuri Cortez/ France Presse

Os opositores do presidente venezuelano Nicolás Maduro se mobilizam nesta quarta-feira (30) para exigir dos militares sustentação do chefe do Executivo, que retirem o apoio e oferecer-lhes uma anistia se ajudarem com uma transição, o que a cúpula militar qualificou como um “engano”.


Na terça-feira (29), o autoproclamado presidente Juan Guaidó estendeu o chamado ao poder judiciário: “Aos que hoje estão na sede do TSJ: o regime está em sua fase final. Isto é inevitável e vocês não têm que se sacrificar com o usurpador e seu bando!”.


Na segunda-feira (28), o assessor de Segurança Nacional da Presidência dos Estados Unidos, John Bolton, pediu diretamente aos militares “que aceitem a transição pacífica, democrática e constitucional do poder”. Consultado pela imprensa se Trump considerava engajar o Exército americano na Venezuela, ele respondeu: “Todas as opções estão sobre a mesa”.


Na terça-feira, Bolton reiterou que qualquer tentativa de prejudicar o líder Juan Guaidó, terá “sérias consequências”. “Permita-me reiterar: haverá sérias consequências para aqueles que tentem subverter a democracia e prejudicar Guaidó”, tuitou.


“Faço Donald Trump responsável. Ele terá as mãos cheias de sangue se levarem a Venezuela a uma violência parcial e generalizada”, reagiu Maduro, que rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos após este país reconhecer Guaidó.


Maduro tachou de “guerra psicológica infantil” a política externa dos Estados Unidos, ao se referir às anotações que Bolton deixou ver em sua caderneta durante uma coletiva de imprensa e que diziam “5.000 soldados à Colômbia”.


Distúrbios que eclodiram há uma semana deixaram mais de 40 mortos e 850 detidos, segundo informes da ONU.


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