Ministro da Saúde recebe pedidos de autoridades da Baixada Santista
Comitiva se reuniu com Luiz Henrique Mandetta, que relata dificuldades, mas promete esforço
O Ministério da Saúde reconhece que a Baixada Santista deveria receber mais recursos do SUS para viabilizar procedimentos de média e alta complexidades, mas não há dinheiro suficiente para atender às demandas locais.
Apesar das dificuldades financeiras do Governo Federal, o titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, assumiu quarta-feira (11) o compromisso, diante de comitiva de autoridades da região, de se esforçar para a liberação de verbas que possibilitem a habilitação de novos serviços nos municípios.
A audiência, que durou duas horas e meia, foi agendada pelos deputados federais Rosana Valle (PSB) e Júnior Bozzella (PSL), que não compareceu à reunião por estar no Rio de Janeiro, em atividade da Frente Parlamentar Mista pela Aprovação do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil.
Em maio, Mandetta recebeu diagnóstico sobre as necessidades da Baixada. O trabalho é fruto de um conselho consultivo criado pelo parlamentar do PSL, com participação das prefeituras e Governo do Estado para avaliar assuntos do setor.
O encontro
Durante a reunião, o ministro fez longa explanação técnica sobre as ações da pasta, discorreu a respeito do trabalho de reestruturação do ministério e não vendeu ilusões aos presentes.
Segundo Rosana, para otimizar a pauta, foi feito um levantamento das necessidades e prioridades por cidade. Os assessores dele a receberam no dia anterior para afinar as demandas. Na audiência, o ministro disponibilizou ainda seus secretários nacionais para que prefeitos e secretários tirassem as dúvidas.
“Estou empenhada em fazer a Baixada Santista ser a prioridade das prioridades na saúde. Acompanhei como jornalista o desespero das famílias que não conseguem internar seus parentes, fazer exames e ter o atendimento básico”.
Balanço
O prefeito de Peruíbe e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Luiz Maurício (PSDB), fez uma avaliação positiva da reunião. “Gostei da postura do ministro. Firme, coerente, sabe do que fala e mostra planejamento estratégico”.
Segundo o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), Mandetta anunciará nos próximos dias o aumento do teto de recursos do SUS para Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC).
O chefe do Executivo de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), elogiou Mandetta por ter uma visão estratégica sobre a saúde. “Ele sabe que o teto MAC está defasado na região, mas não é possível corrigi-lo devido à crise do país”.
O prefeito de Mongaguá, Márcio Cabeça (PRB), pediu a habilitação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), hoje financiada só com recursos municipais. “Continuaremos cobrando e reivindicando uma melhor estrutura para nossa região”.
Dos nove prefeitos da região, só os de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), e de São Vicente, Pedro Gouvêa (MDB), não foram a Brasília, mas enviaram representantes.
