Janaina Paschoal protocola pedido de impeachment do ministro Dias Toffoli

Deputada estadual registrou documento no Senado; ela classificou decisão de suspender investigações com base em relatórios do Coaf como criminosa

Por: De A Tribuna On-line  -  31/07/19  -  14:20

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) protocolou um pedido de impeachment contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.


A parlamentar, que ganhou notoriedade por ser uma das autoras do pedido de impedimento que afastou a ex-presidente Dilma Rousseff, justificou a ação com base na decisão do ministro de suspender todos os processos judiciais instaurados, sem a autorização da Justiça, que envolvam dados compartilhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita Federal.


O documento foi entregue, na última quinta-feira (25), ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O pedido é assinado também por três integrantes do grupo Ministério Público Pró-Sociedade: Márcio Luís Chila Freyesleben, Rafael Meira Luz e Renato Barão Varalda.


Segundo publicado pela revista Veja, o documento alega que a medida de Toffoli, “além de contrariar a Constituição Federal e diversas leis, trouxe contrariedade ao que foi estabelecido pelo Plenário do STF”. Além disso, os autores afirmam que a “decisão criminosa” do ministro “poderia ser questionada à exaustão”.


Janaina Paschoal e os integrantes do MP Pró-Sociedade afirmam, ainda, que “é chegado o momento de o Senado Federal mostrar que pode ir além”.


Sobre o caso


Dias Toffoli atendeu, no último dia 16, a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), alvo de investigações com base em relatórios do Coaf que apontam movimentações atípicas do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz.


Advogado de Bolsonaro, o criminalista Frederick Wassef disse ao jornal O Estado de S. Paulo que houve uma "devassa ilegal" na vida do político, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. O defensor afirmou que a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal  "cumpre a lei e faz justiça", uma vez que, em sua visão, houve quebra ilegal do sigilo bancário e fiscal do senador.


Ao atender a um pedido da defesa de Flávio, Toffoli suspendeu provisoriamente todos os processos no País em que houve compartilhamento de dados fiscais e bancários com investigadores sem autorização judicial prévia. A decisão atinge investigações em que o Ministério Público utilizou dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), como a de Flávio.


*com informações de Veja e Estadão Conteúdo


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